janeiro 01, 2008

smoking no smoking

Acompanhando os amigos com quem passei o fim-de-ano, acabei a noite no Trumps, com a nova lei antitabágica acabadinha de entrar em funcionamento. Não esperava que esta legislação já estivesse surtindo os seus efeitos, mas estava. Uma sala/pista onde não se podia fumar, chamemos-lhe sala A, e uma B onde se podia.

Eu até fumo e até acho que vou aproveitar esta onda para me livrar do malfadado vício, mas querem saber o mais engraçado? Sala A - um calor insuportável, cheiro a gente, ambiente pesado. Sala B - graças ao hipersistema de ventilação e ar condicionado no máximo, fresquinha e respirável.

Até parecia que os fumadores estavam a ser privilegiados. Contra-sensos de uma lei.

3 comentários:

Anónimo disse...

E no meio disto tudo há logo novos "PIDES" no coração do cidadão comum, que perdem o bom senso e a noção de civismo (se alguma vez a tiveram) que se aproveitam da nova lei, e meia dúzia de horas depois desta ter entrado em vigor, dirigem-se ao empregado de um restaurante, apontando o dedo, acusatoriamente, a alguém que, inocentemente (ou não), acendeu um cigarro no dito estabelecimento.

Onde está a boa educação que nos permite, pelo menos, levantarmo-nos e dirigirmo-nos directamente à pessoa fumadora em questão, e simplesmente dizer-lhe que não se deve esquecer que a lei já não o permite fumar naquele recinto e/ou que está a incomodar os "não fumadores"?

Ver esta cena revoltou-me e não fui capaz de ficar calado, encetando logo numa conversa sobre novos regimes diatoriais e o regresso da "PIDE" [a.k.a. ASAE] e dos "bufos" [a.k.a. bufos mesmo]...

Engraçada foi a reacção das pessoas à minha volta que, ouvindo a conversa (porque esta foi mantida em tom que permitisse passar ao domínio público), fizeram comentários do género "Não sou fumador, mas quase que me apetece acender um cigarro, para ver quem é que tem uma G3 escondida debaixo do casaco!".

LOL!

Haja noção, bom senso, discrição e, sobretudo, civismo quer por parte dos fumadores, mas sobretudo dos não fumadores que, até anteontem, se sentiam reprimidos e que agora passam a achar que "podem tudo"! Felizmente não são todos...

Teresa disse...

Gostei do comentário deste Gonçalo.
Aconteceu-me no domingo, ao balcão de uma pastelaria, acender um cigarro para acompanhar o café.
Uma senhora a poucos metros comentou para o lado, altíssimo (o que por si só já é sinal de esmerada educação)que "O que vale é que já só falta um dia para gente desta aprender!" Não disse nada, limitei-me a encará-la fixamente, apesar de aquilo ser abertamente comigo. E dei uma passa enorme no cigarro, com ar descaradamente regalado.

Aprovo a legislação, é claro, e até me parece um excelente incentivo para deixar de fumar. Mas as atitudes raivosas de certas pessoas espicaçam o meu lado maldoso...
Um beijo.

Anónimo disse...

É mais ou menos a minha opinião. Não estou contra a legislação (embora ache que em certos pontos é excessiva). No entanto sou contra o fundamentalismo de certas pessoas que, sentindo as costas quentes com a lei, se permitem a ser as bestas que no fundo sempre foram, porque nunca tiveram a decência e educação de se dirigir à pessoa do lado, dizendo simplesmente que se sentiam incomodadas. Não conheço nenhum fumador que, face a este tipo de pedido, não apague o seu cigarro...