setembro 29, 2009

piss on shower

Recebi há pouco um e-mail que abria assim:

"ONG incentiva chichi no duche para poupar água. A SOS Mata Atlântica, uma organização não-governamental (ONG) brasileira, lançou uma campanha publicitária a incentivar as pessoas a fazerem chichi durante o duche para economizar água."

Primeira pergunta: mas há alguém que não faça? Pronto, não digo no balneário do ginásio, mas no conforto do duche do lar, há alguém que não faça?

Depois, no corpo do e-mail às tantas dizia-se:

"Só em São Paulo, exemplificam, poder-se-ia economizar mais de 1.500 litros de água por segundo."

Não sei como raio fazem estas contas... ora deixa cá ver, vamos lá pensar. Admitamos que uma descarga de autoclismo tem 10 litros. Agora pensemos que os Paulistas substituem um xixi na sanita por um xixi no banho por dia. A wikipédia diz que a região metropolitana de S. Paulo tem 19.223.897 habitantes. Se todos fizerem um xixi no banho diariamente, poupam 192.238.970 litros de água por dia em decargas de autoclismo. Como um dia tem 86.400 segundos, isto daria 2.225 litros por segundo de poupança. Bom, não está muito longe dos 1.500 se pensarmos que nem todos tomam banho diariamente.

Agora, se levarmos a coisa à letra e, de cada vez que quisermos fazer um xixi, tomarmos um duche? Para além de não ser prático, gasta-se muito mais água, não é? Ainda por cima, toda a gente já faz xixi no duche, acho eu. Contas feitas, continuarei a fazer o meu xixi no duche, mas não é por aí que me sentirei a contribuir para salvar o planeta.

setembro 27, 2009

descubra as diferenças

Voz de ordem dos meninos do PS - "é jota é ésse, é jota ésse"

Voz de ordem dos meninos do PSD - "é jota é dê, é jota ésse dê".

Isto, apesar de não querer dizer rigorosamente nada, apregoa o mesmíssimo nada.

O futuro adivinha-se tão cinzento ou mais ainda do que o presente.

setembro 26, 2009

a minha cruz

Há dias recebi esta tira da Mafalda no meu e-mail. Lembrava-me bem dela, como me lembro de quase todas, tantas foram as vezes que li, reli e releio as Mafaldinhas e os cartoons do Quino.

Quando recebi a tira ainda estava sem saber em quem votar. Como não ir às urnas está fora dos meus princípios e votar em branco me deixaria com a sensação de deixar para os outros uma decisão que acho dever também ser minha, se bem que o voto em branco me livrasse de futuros sentimentos de culpa, lá decidi em que quadradinho vou deixar a minha cruz (gosto deste duplo sentido de "a minha cruz").

Mesmo achando que o meu candidato não vai ganhar, isso não impede, porém, que me continue a sentir exactamente como o pai da Liberdade.