janeiro 19, 2008

jamaica

Gosto de coisas assim. Ontem cheguei a casa perto da meia-noite, como todas as sextas-feiras. Sentei-me aqui, como é habitual, a vida feita de hábitos, de rotinas, chegar a casa e nem que sejam 4 da manhã, ligar o pc, dar uma voltinha, ver o correio, visitar os blogamigos e, meia-hora depois, contra o que é habitual a essa hora, toca-me o telemóvel e T, queres vir ter connosco ao Jamaica? Well, why not?

Uma borrifadela de perfume, escovar os dentes e os cabelos, nos olhos uma leve passagem do kohl que me ofereceu a Mme. Reeda do riad em Marraquexe e desço para apanhar um taxi. 15 minutos depois entrei no Jamaica onde não punha os pés há seguramente mais de 20 anos.

Bom, não tem nada que ver. É outra casa no mesmo sítio. Na minha memória estava um lugar mais ou menos degradado, de frequência por vezes duvidosa. (Devia sair mais à noite para não fazer estas figuras de parva. Mas adiante). O meu grupinho de amigos no meio da sala numa curtição do caraças, beijos, abraços, beliscões no rabiosque, o costume quando nos encontramos.

Despejei bolsa e casaco no vestiário, subi as escadas, decidida a aproveitar a noite e a desatar os nós que me têm encravado a garganta. As duas bebidas cairam-me na fraqueza, o jantar de sexta na meia-hora de intervalo da aula nunca dá para grande coisa, de forma que em 3 tempos fiquei alegre como um passarinho. Este meu pequeno grupo quando dança, dança. E dançamos a dois, a três, a quatro, fingimos uma sensualidade que os muitos anos de convívio já não nos deixam sentir uns pelos outros, mas que, por outro lado, também ajudam a que não seja interpretada de outra forma, e demos um show. Às tantas já havia gente parada a olhar para aquele grupo de sete que se entrelaçava, mexia, beijava, batia de rabo, batia de frente, batia de lado, despejava cerveja pelos decotes, despenteava cabelos e afagava pescoços.

Foi sem parar até às 3 da manhã, quando viemos embora porque o sítio é pequeno e, no entretanto, tinha enchido como um ovo, perdendo a graça.

A música, variada, fixe... entre Rolling Stones, Jafumega, Guns N Roses e Pedro Abrunhosa, passa de tudo um pouco dos anos 80 e 90, nem me perguntem bem o quê, só sei que não parei. Não houve uma daquelas de e agora, como é que eu danço isto?

Vivó Jamaica. Não tarda estou lá outra vez. É só dizerem-me... Ei T, boraí ter connosco ao Jamaica e eu vou.

4 comentários:

Teresa disse...

Nem sei por que raio nunca lá fui, que o sítio já no meu tempo era famosao (MEC e etc.), mas, tal como o Ega e o Carlos da Maia sopram um ao outro, ofegantes, no final dos Maias, a propósito do "americano"... ainda o apanhamos!
Conta comigo, vamos lá uma noite destas.

(grande texto, BTW)

Alf disse...

Também posso ir ao Jamaica?

tcl disse...

boraí... Alf, vens com a Nani passar um WE a Lisboa e Jamaica connosco.

T, fica gravado... depois, não me venhas com o "já estou de pijama" e o caraças.

BTW - Better Than... What????

Teresa disse...

BTW... = By The Way :)