Em Marraquexe há na cidade velha uma enorme quantidade de riads, pequenos hoteis de charme com preços para todas as bolsas. Não têm em geral mais do que 5 ou 6 quartos e estão instalados em antigas casas de habitação, às quais se chega a pé percorrendo a sentimento um dédalo de labirínticas ruelas e becos, com passagens mais ou menos estreitas por baixo dos edifícios.
As salas e quartos destas casas desenvolvem-se por dois ou três pisos mais terraço em torno de um pátio central a céu aberto (tapado nesta época por grosso plástico transparente). Para quem conhece as casas da andaluzia, é igual. No Dar Baraka (nome facílimo de fixar), o riad onde ficámos, o acolhimento é familiar e caloroso, com direito a umas taças de sopa na cozinha que tinham sobrado do jantar na noite em que chegámos tarde e esganados com fome, mais um cházinho verde com açafrão preparado pelo Mohamed, guarda da noite estrábico e simpatiquíssimo.
Prefiro mil vezes isto aos modernos e luxuosos hoteis de fora das muralhas. De manhã quando se sai já se está em plena medina e vai-se a pé a todo o lado, havendo apenas que ter cuidado para não se ser atropelado por carro, mota, bicicleta ou carroça de burro.
O nosso quarto ficava neste terraço. Uma delícia para tomar o pequeno almoço.
1 comentário:
Lindo! Quando lá for, apito para me dares umas dicas.
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