agosto 28, 2009

irra!!!!!!!!!!!!!!!

Gostava de saber quem foi o/a #$%&(&%$" de designer gráfico/a que pariu os "cartões de empresa" do instituto de registos e notariado e, já agora, quem é que foi com ele/a para a cama ou assim, para aprovar e pagar a sua criatividade bacoca com o dinheiro dos nossos impostos.

Há necessidade de, num cartão que tem as dimensõs de um vulgar cartão de crédito usar letrinhas tamanho meio milímetro e deixar mooooooooooooonntes de espaço sem nada? É que nem com a $#$&@€£ dos óculos no nariz consigo ler sem margem para dúvidas o meu número de contribuinte, caraças!

agosto 27, 2009

divines



Ontem reencontrei Fanny Ardant. Vinha para casa no carro, a Europa Lisboa a passar o "à quoi sert de vivre libre" e eu a lembrar-me de "huit femmes" e de como me tinha esquecido desta canção e de todas as outras do filme menos de "t'es plus dans le coup papa". Curiosa a memória musical.

Fanny Ardant deu-me vontade de Catherine Deneuve e



Catherine Deneuve de Isabelle Huppert, de forma que cheguei a casa e procurei os vídeos no tubo.

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Divinas, todas elas, mas sobretudo estas três. Adoro este filme.

Já deixei o link da canção de Ludvine Sagnier lá em cima, os outros aqui: "mon amour, mon ami" por Virginie Ledoyen, "pour ne pas vivre seul" por Firmine Richard, pile ou face" por Emmanuelle Béart e "Il n'y a pas d'amour heureux" por Danielle Darrieux.

agosto 24, 2009

japspam

O meu blogue foi invadido por spams japoneses, o que me obrigou a activar a verificação de palavras, coisa com que embirro nos blogues dos outros porque me levam a escrever coisas tão ilegíveis como "whsbgfh" ou tão embaraçosas como "recocona" de cada vez que quero comentar alguma entrada.

Talvez assim deixem de aparecer aqui comentários como este "台灣這次受到洪水侵襲造成巨大災難,讓我們發揮愛心一起幫助這些需要幫助的人,現在你只要每點擊任何一個關鍵字連結,將會得到新台幣一元的贊助,讓我們一起共同創造世界和平~感謝您!", que me deixam hesitante entre o contente, o ofendida, o pensativa ou o inspirada e sem saber de todo o que responder.

E hoje fico-me por aqui, pois aconteceu aos parágrafos que aqui estavam a seguir o mesmo que tem acontecido a quase tudo o que tenho escrito, ou feito, ou pensado ultimamente: "delete". As simple as that.


E espero que me passe esta neura que me leva a vaguear em mim, apenas.

E agora que olho com mais atenção para os caracteres lá em cima, parece-me mais chinês, aliás os comentárias vinham de Taiwan. Bom, whatever, para o caso pouco interessa...

agosto 20, 2009

banho de lua



Em conversas de luas e luares, aconteceu-me ontem recordar este banho de lua de Celly Campello que estava perdido lá nos confins da memória da minha infância.

Esta música estava no top bem no início dos anos 60 e fazia parte da reduzida discografia do meu irmão, uma ou duas dúzias de discos de vinil dos pequenos, com duas músicas cada um, de forma que ele os ouvia vezes sem conta no pick-up lá de casa.

Anos mais tarde, quando eu própria comecei a interessar-me por música e a coscuvilhar os pertences do mano, encontrei o "banho de lua / estúpido cupido" de capa já gasta e coberta com o pó que ganham as coisas onde não se mexe por muito tempo.

Curiosa foi a reacção da minha mãe que, quando eu coloquei a agulha sobre o disco e a Celly Campello começou a tomar o seu banho de lua na sala de estar, teve um ataque de nervos e mandou-me parar com aquilo imediatamente. Obedeci, sem perceber o que tinha a minha mãe contra os primórdios do rock brasileiro, que a fazia ficar tão irritada.

E a razão era simples. Tal como algumas grávidas desenvolvem súbitos desejos de cerejas em pleno inverno, ou não suportam o cheiro das margaridas, outras, caso da minha mãe, ganham repulsa a músicas. Não conheço mais casos, mas a minha mãe é uma pessoa original. Ao que contam, o mano, então com 10 ou 11 anos, tomava banho de lua com a Celly umas dezenas de vezes por dia enquanto a minha mãe docemente me gerava no seu ventre, até ao ponto de a pobre senhora, outros 10 ou 11 anos passados, continuar a não suportar estes banhos.

Enfim, em mim não produziu o mesmo efeito e, quando alguma imposição maternal ia contra as minhas vontades, punha o banho de lua bem alto e fugia.

agosto 19, 2009

hoje ao jantar...

... a amiga com quem estava, procurando uma qualquer aplicação do seu telemóvel:

Às vezes pareço um homem... tenho as coisas à frente dos olhos e não as vejo!

É como eu. Cada vez tenho mais dificuldade em fazer várias coisas ao mesmo tempo, embora ainde me desembarace bem com 3.

Será que à medida que avançamos na idade vamos ficando mais masculinas?

agosto 17, 2009

hot hot hot

Não gosto deste calor a não ser que me materialize à beira d'água e me embeba na sua doçura fresca. Corpo a deslizar na água ou água que desliza no corpo, tão transparente e macia como a camisola do dia na canção.

Não gosto deste calor de ananases (vá-se lá saber por que se diz calor de ananases e não de bananas que são bem mais quentes, digo eu) que me faz a pele pegajosa, humidades e suores misturados com pós e coisas que andam pelo ar, a menos que possa estar como vim ao mundo espojada num lençol branco, lavado e bem esticado, com um pano molhado pendurado no vão da janela aberta e que a brisa liberte de frescura.

Não gosto deste calor a não ser à noite, se me passeio à beira-rio, escapando-me de todos os outros que se passeiam de noite à beira-rio porque não gostam deste calor e por ali sempre têm a ilusão de vagas brisas, mais largas ainda assim que as dos aparelhos de ar condicionado que se regulam para 18ºC e não fazem o termómetro baixar dos 24.

Não gosto deste calor que aquece como uma estufa o meu apartamento de último andar, apesar das vistas da varanda e das larguezas que lhe gabo.

Não gosto deste calor, a menos que o tenha num qualquer destino onde a vontade me leve e ele avive os cheiros a terra ventre parindo naturezas e cores e sabores que até aí me eram estranhos.

Não gosto deste calor, ainda que a minha alma me leve sempre para Sul os passos.

Não gosto deste calor aqui.

agosto 09, 2009

tv night



Hoje vimos "ponyo on the cliff by the sea" sentadinhos no sofá da sala. Chamem-me ignorante, se quiserem, mas a animação japonesa para mim era sempre o dragon ball que chupei até à medula quando o meu filho era pequeno. Por isso não vi "a viagem de chihiro" nem o "castelo andante", mesmo com toda a gente a dizer-me que eram bons.

Este ano, na praia, voltei a ouvir os meus amigos a gabarem Miyazaki e lá trouxe o ponyo gravado na pen, versão japonesa já com legendas em português e tudo, ripado de um sítio com o fantástico nome de "piratatuga" (nunca tirei filmes da net, nem músicas, mais fácil pedir a quem já o fez, por isso não conheço estes nomes deliciosos).

E pronto, gostei do Miyazaki. Alguém tem por aí os outros? Hum?

agosto 08, 2009

gato

Hoje acordei com os costumeiros miados do Sushi à porta do meu quarto. Desde que adoptei o Sushi e o Gato, em janeiro deste ano, depois da morte inesperada do Gaston, que sempre dormia sossegadamente aos pés da cama, passei a ter de fechar a porta para evitar acordar à 5 da manhã com as brincadeiras dos felinos que utilizavam a minha cama (e eu lá dentro) como campo de batalha. Fico assim tranquila durante a noite mas, pela manhã, o Sushi habituou-se a chamar-me com lamentosos miados do lado de fora da porta.

Pois levantei-me, enchi o prato dos gatos com ração e voltei para o aconchego dos lençóis; 8h30m de sábado, não é, para mim, hora de me pôr a bulir. Nove horas e tocam insistentemete à porta. Faço-me de surda, não vou abrir e amaldiçoo o mundo inteiro que não me deixa dormir. Cinco minutos depois toca o telemóvel sobre a mesa de cabeceira. Olho o mostrador e vejo o nome da porteira. Mau... Que se passa? Atendo e a voz do outro lado depois de cumprimetos e hesitações: "Tenho o seu gato morto no meu terraço". Merda, merda, merda. O Gato, o tigrado que, de tanto nome que teve, continuava a chamar-se apenas "Gato" caíu da varanda durante noite, provavelmente numa brincadeira mais desastrada com o irmão, e, infelizmente, falhou o toldo da porteira que lhe teria amparado a queda de 6 andares.

Durante 6 anos, o Gaston ensaiou equilíbrios e passos de dança sobre o varandim e nunca caíu. O Gato tinha 10 meses e era possuidor de uma das pelagens tigradas mais bonitas que já vi, para além de ser de uma meiguice avassaladora. O Sushi anda para aí a miar à procura do seu companheiro de brincadeiras. Já está no canil, onde o deixei há pouco dentro de um saco de plástico num carrinho de mão. Merda, merda, merda.

agosto 07, 2009

encontros e despedidas



Há um espaço que não cabe no tempo, onde nos encontramos. Onde não há o que foi, nem o que será, nem o que nos rodeia quando não estamos ali. Apenas eu e tu e o instante. Apenas aqui e agora, por vezes palavras, por vezes silêncios entre duas chávenas de chá e quadradinhos de chocolate preto. Apenas olhos que se penetram talvez pelo prazer do olhar, talvez a tentar adivinhar o que está para lá das negras pupilas.

Que te dizem os meus olhos? Eu olho, penso que nada e pergunto-me como será possível estar um olhar tão cheio de nada. Um nada cheio de tudo o que não me dizes e que me faz ter medo de que um dia se abra e o nada saia todo cá para fora e me soterre.

Música, palavras, silêncios, sossegos, a noite que entra livre pelas janelas e que chega para nos iluminar o instante, os corpos e as palavras. Resvalam os olhos dos olhos para a pele, as mãos, o corpo a pedir o encosto de outro corpo que no momento o complete. Carícias, afagos, beijos, dedos no arrepio da pele, corpos enrolados, risos, sorrisos, gritos e suspiros, subitamente o olhar que deixa escapar algo para além do nada que o enche.

Nunca sei se te volto a ver e no entanto… Eu também não sei. …e no entanto gosto tanto. Eu também. Palavras, silêncios, música, a noite a entrar livre pelas janelas, uma bolha parada no tempo e nós lá dentro no tempo em que nos encontramos. A bolha prestes a rebentar e por isso até breve, antes que o que foi e o que será se lembrem de vir preencher silêncios e sossegos, tomem conta de nós e nos façam perder o momento, o instante em que nos abrimos, em que nos fechámos, actores de nós próprios ou talvez não.

E partimos sós, cada um para o seu tempo e o seu espaço com aquele até breve que nos enche o corpo, as mãos e os sentidos. E se um leve sabor amargo me ameaça os lábios, passo por eles a língua até recuperar o doce.

Ficam bolhas que flutuam no espaço sem tempo e lá dentro imagens de nós presos em momentos.

agosto 05, 2009

operações de câmara

O meu filho teve uma cadeira na faculdade chamada "operações de câmara". O exercício proposto no final do ano consistia em fazer um pequeno filme baseado nesta cena de "il buono, il brutto, il cattivo" de Sergio Leone, em que a montagem de planos e o jogo de câmara são decisivos para a criação de suspense:



A realização do exercício coincidiu com uns dias que ele e os colegas de grupo passaram comigo nas férias, no Algarve. Depois de andarem a moer o juízo a meia praia, a transformarem-me a mim e aos meus amigos em actores de ocasião, regressaram a Lisboa 24 horas antes do prazo de entrega do trabalho, completamente descontentes com as cenas que tinham filmado. Numa noite e numa manhã, mudaram o argumento, voltaram a filmar e fizeram isto:



Eu acho que ficou mesmo bem!

agosto 04, 2009

brilhos sorrisos

Ah... como gosto
de brilhos nos olhos
e nos sorrisos
aos molhos

os brilhos
em risos sorrisos
fazem sorrir
e brilhar meus olhos

inspirado aqui