De novo a Festa do Cinema Francês, desta vez em má altura para mim, com muito pouco tempo livre para diversões :-(. Mas lá vou arranjando uns buraquinhos de tempo para largar o teclado, meter-me no carro, ir até ao S.Jorge e sentar-me um pedaço na sala escura a receber as imagens que me entram pelos olhos.
Em geral escolho filmes que provavelmente não irão entrar nos circuitos comerciais portugueses, a maioria das vezes de realizadores de quem nunca ouvi falar mas cujas sinopses me despertam a curiosidade. Com este critério, já vi noutros festivais filmes espantosos e também já aguentei valentes estopadas. Ontem fui ver Valse avec Bachir, um documentário em animação de um realizador israelita - Ari Folman. Recomendo uma visita ao site oficial e atenção à programação das salas, pois este, tal como Persepolis no ano passado, vai com certeza aparecer.
É um filme fantástico sobre a guerra entre Israel e o Líbano e o tristemente célebre massacre de palestinianos civis, revisitados através das memórias de alguns que à altura não eram mais do que simples soldados imberbes e assustados, entre eles o próprio Ari Folman que tenta, através de entrevistas a antigos camaradas, recordar o que a memória lhe nega, de tão dura que fora a vivência daqueles tempos.
E essas memórias que pouco a pouco se desvendam são terríveis. Mesmo que a opção pela animação consiga, de certa forma, afastar emocionalmente o espectador da realidade nua e crua não se fica imune ao peso do filme. Percebemos que por detrás dos bonecos estão pessoas, que as vozes são reais nas entrevistas, que os cenários são verdadeiros, talvez pela técnica usada de desenhar sobre imagens em vídeo.
Um documentário impressionante e comovente, um filme de animação tecnicamente espantoso, a música perfeita. Deixo o trailer, para espevitar vontades.
Em geral escolho filmes que provavelmente não irão entrar nos circuitos comerciais portugueses, a maioria das vezes de realizadores de quem nunca ouvi falar mas cujas sinopses me despertam a curiosidade. Com este critério, já vi noutros festivais filmes espantosos e também já aguentei valentes estopadas. Ontem fui ver Valse avec Bachir, um documentário em animação de um realizador israelita - Ari Folman. Recomendo uma visita ao site oficial e atenção à programação das salas, pois este, tal como Persepolis no ano passado, vai com certeza aparecer.
É um filme fantástico sobre a guerra entre Israel e o Líbano e o tristemente célebre massacre de palestinianos civis, revisitados através das memórias de alguns que à altura não eram mais do que simples soldados imberbes e assustados, entre eles o próprio Ari Folman que tenta, através de entrevistas a antigos camaradas, recordar o que a memória lhe nega, de tão dura que fora a vivência daqueles tempos.
E essas memórias que pouco a pouco se desvendam são terríveis. Mesmo que a opção pela animação consiga, de certa forma, afastar emocionalmente o espectador da realidade nua e crua não se fica imune ao peso do filme. Percebemos que por detrás dos bonecos estão pessoas, que as vozes são reais nas entrevistas, que os cenários são verdadeiros, talvez pela técnica usada de desenhar sobre imagens em vídeo.
Um documentário impressionante e comovente, um filme de animação tecnicamente espantoso, a música perfeita. Deixo o trailer, para espevitar vontades.
2 comentários:
Obrigada pela dica, TCL. Vou ficar atenta... ou ainda se pode ver lá?
Creio que lá já não... Julgo que cada filme só passa uma vez. Mas podes confirmar no site da festa
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