Canal à minha esquerda, fui descendo tranquilamente até chegar à Bastilha. Aí, tendo passado a meia-hora contratual, parqueei a bicicleta, dei uma volta pelo mercado que por ali há de manhã a pensar que, se fosse cá, a ASAE já tinha dado cabo do juízo a quem vende e compra carne e peixe em bancas ao ar livre, pois isso mesmo, ao ar livre.
Depois de umas deambulações e uma sanduiche, peguei noutra bicicleta para ir até aos jardins do Luxemburgo, que o sol estava bastante convidativo para mais um passeio. Os parisienses não resistem a um dia ensolarado e o sítio estava pleno de gente a jiboiar, de modo que escolhi uma cadeirinha modelo costasreclinadascombraços para me sentar e outra modelo
costasdireitassembraços para apoior os pés e fiquei-me a olhar a torre de Montparnasse e a dar uso ao meu diário gráfico, enquanto o sono não me venceu, acabando por dormitar ao sol até ficar com um belo tom de vermelho no nariz. Duas ou três horas passadas nesta actividade esfusiante
e preparei-me para pegar outra velib, não sem antes registar em fotografia os canteiros e castanheiros floridos e umas folhas de gingko que me entusiasmaram bastante.
Antes de regressar a casa sentei-me na Pont des Arts a ver os pés de quem passava enquanto o sol desmaiava já nas minhas costas.
A outra velib foi para ir dali até casa, no 18ème. Contas feitas, cerca de 16 km em 4 bicicletas, Paris intra-portas até que é uma cidade pequena.