outubro 10, 2007

hiroshima, 2006

Dizia-me hoje um amigo a propósito do que escrevi aqui - Isto da fé é simples: ou se tem ou não se tem. Respondi-lhe que não tenho mas que lhe sinto a falta. Por vezes sabia-me bem ter algo a que me agarrar.

hiroshima, 2006

Depois fiquei a pensar nesta conversa. É um facto que não sou crente, talvez por não ter sido educada para tal, antes pelo contrário. Daí que não tenha fé. Mas a tal coisa de não ter onde me agarrar, pensando melhor, não é bem assim.

Sempre que entro num templo, não importa o credo, sinto, como dizia alguém que li, a "conexão com o divino". E este divino, é algo que não sei explicar o que é, mas que me transporta para o meu interior e me dá paz, me dá vontade de ficar ali sentada durante o tempo que me apetecer a ver as pessoas, a saborear os cheiros, os sons, as cores que a luz sempre especial deste sítios dá às coisas.


jianshui, china, 2005


Já entrei em muitos templos enquanto turista ou simplesmente para ter paz e nunca consigo ficar indiferente, sinto sempre a "conexão com o divino". E não sei se isto é a fé de que os crentes falam. Mas faz-me bem.

mongólia, 2004

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