Dizia-me hoje uma colega de trabalho que acha que é muito mais complicado gerir um grupo de pessoas quando há afectos envolvidos. Compreendo o que ela quer dizer mas não concordo.
Obviamente que há situações que chegam a tal desgoverno que precisam mesmo de alguém com mão de ferro para as endireitar e, nesse caso, é tudo mais fácil quando nem se conhecem as pessoas com quem vamos trabalhar. Mas, uma vez a casa arrumada, se não se criarem afectos entre as pessoas, a única coisa que se consegue é ser-se odiado pelos outros. E, atendendo a que hoje em dia acabamos por passar mais tempo com os colegas do que com a família, parece-me que os afectos compensam, mesmo com as dificuldades que possam acarretar quando somos obrigados a impôr a nossa autoridade.
O que se passa é que se a amizade for mesmo a sério, se aqueles que dirigimos e que nos dirigem forem também pessoas com quem podemos beber uns copos, soltar umas boas gargalhadas ou chorar no ombro, quando chega a hora da verdade, a malta até pode refilar, não concordar e tal, mas faz. E faz com empenho e bem, porque é amiga.
No meu caso, se os infindáveis e-mails de trabalho não começassem com "L....inha", "M....inho", "T....inha", e não acabassem com "beijos", acho que teria muito mais dificuldade em receber e dar respostas em tempo útil.
Por outro lado, o manancial de afectos que fui construindo, também me permite chegar ao pé de um(a) dos gajos(as) e dizer:
"ouve lá, que é esta merda? queres levar com o chicote ou quê? dá mas é corda aos sapatos e entrega-me o que te pedi há dois dias ou o namoro acaba já aqui!"
E ficamos amigos à mesma.
Obviamente que há situações que chegam a tal desgoverno que precisam mesmo de alguém com mão de ferro para as endireitar e, nesse caso, é tudo mais fácil quando nem se conhecem as pessoas com quem vamos trabalhar. Mas, uma vez a casa arrumada, se não se criarem afectos entre as pessoas, a única coisa que se consegue é ser-se odiado pelos outros. E, atendendo a que hoje em dia acabamos por passar mais tempo com os colegas do que com a família, parece-me que os afectos compensam, mesmo com as dificuldades que possam acarretar quando somos obrigados a impôr a nossa autoridade.
O que se passa é que se a amizade for mesmo a sério, se aqueles que dirigimos e que nos dirigem forem também pessoas com quem podemos beber uns copos, soltar umas boas gargalhadas ou chorar no ombro, quando chega a hora da verdade, a malta até pode refilar, não concordar e tal, mas faz. E faz com empenho e bem, porque é amiga.
No meu caso, se os infindáveis e-mails de trabalho não começassem com "L....inha", "M....inho", "T....inha", e não acabassem com "beijos", acho que teria muito mais dificuldade em receber e dar respostas em tempo útil.
Por outro lado, o manancial de afectos que fui construindo, também me permite chegar ao pé de um(a) dos gajos(as) e dizer:
"ouve lá, que é esta merda? queres levar com o chicote ou quê? dá mas é corda aos sapatos e entrega-me o que te pedi há dois dias ou o namoro acaba já aqui!"
E ficamos amigos à mesma.
5 comentários:
Eu cá dou-me bem a trabalhar com amigos.
Tb acho que quando há afecto entre colegas a coisa é bem mais agradavel.
Mas na hora de chamar a malta à atenção....a coisa é um pouco diferente, em especial quando chefiamos malta com idade de ser nossos pais
Eu sempre fiz amigos nos locais de trabalho e alguns duram até hoje, mas o contrário, trabalhar com amigos que já eram amigos, é bem mais complicado...
Eu sou mais radical: qualquer coisa é mais agradável e mais fácil quando envolve afectos, certo?
É bom trabalhar num lugar de afectos, afinal passamos lá grande parte do dia.
Já ter que trabalhar com casais é uma chatice. Porque depois um toma "as dores" do outro e vencem os argumentos "afectivos", em vez dos "profissionais".
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