Os amantes - René Magritte
Sofro do sindroma da prega. Eu até gosto de pregas, sendo naturais e de bom cair. Passo-lhes as mãos, aprecio a suavidade e delicadeza ao tacto, o peso do tecido. Um tecido muito leve, já se sabe, não dá uma boa prega. Por isso, a razão deste meu mal, não tem que ver com a prega em si, mas com a dificuldade em desenhá-la, agora que nas aulas de desenho o temos de fazer a óleo.
Enquanto as pregas foram desenhadas a lápis, meus amigos, não havia prega que me falhasse. Mais direita, mais torcida, mais larga, mais estreita, eu lá ia dando conta delas sem grande problema e até com bastante agrado.
Agora que o lápis é interdito e só podemos usar pinceis e óleos a coisa complicou-se. Eu até consigo dar os sombreados esbatidos para dar forma e volume aos objectos, eu até consigo fazer um tom de pele aceitável (há que misturar três cores a sentimento), eu até consigo (malzinho) lançar o desenho a pincel e óleo branco muito leve. Mas quando chega à parte das pregas, senhores, a coisa dá para o torto, muito torto.
Não há meio de atinar com a técnica da prega a óleo ou seja, a prega oleada. Aquilo passa por dar uma finíssima pincelada de tom claro e outra mais ou menos paralela de tom escuro por cima da base ainda fresca e por um sábio trabalho de esbatimento. Sai-me sempre mal... Este fim-de-semana trouxe a caixa dos materiais para casa, vou pendurar panos por aí e dedicar-me furiosamente à prega até à próxima sexta-feira.
Farta de ser enxovalhada, como se a inépcia pregal não me bastasse já, pelos colegas que dominam a prega.
Sofro do sindroma da prega. Eu até gosto de pregas, sendo naturais e de bom cair. Passo-lhes as mãos, aprecio a suavidade e delicadeza ao tacto, o peso do tecido. Um tecido muito leve, já se sabe, não dá uma boa prega. Por isso, a razão deste meu mal, não tem que ver com a prega em si, mas com a dificuldade em desenhá-la, agora que nas aulas de desenho o temos de fazer a óleo.
Enquanto as pregas foram desenhadas a lápis, meus amigos, não havia prega que me falhasse. Mais direita, mais torcida, mais larga, mais estreita, eu lá ia dando conta delas sem grande problema e até com bastante agrado.
Agora que o lápis é interdito e só podemos usar pinceis e óleos a coisa complicou-se. Eu até consigo dar os sombreados esbatidos para dar forma e volume aos objectos, eu até consigo fazer um tom de pele aceitável (há que misturar três cores a sentimento), eu até consigo (malzinho) lançar o desenho a pincel e óleo branco muito leve. Mas quando chega à parte das pregas, senhores, a coisa dá para o torto, muito torto.
Não há meio de atinar com a técnica da prega a óleo ou seja, a prega oleada. Aquilo passa por dar uma finíssima pincelada de tom claro e outra mais ou menos paralela de tom escuro por cima da base ainda fresca e por um sábio trabalho de esbatimento. Sai-me sempre mal... Este fim-de-semana trouxe a caixa dos materiais para casa, vou pendurar panos por aí e dedicar-me furiosamente à prega até à próxima sexta-feira.
Farta de ser enxovalhada, como se a inépcia pregal não me bastasse já, pelos colegas que dominam a prega.
3 comentários:
Tenho um bom remédio: prega um estalo a cada um que te enxovalhe por causa da... prega!
Por outro lado, só um tecido bem enxovalhado faz boas pregas...
beijinhos
Tu não me mates, mas depois de ler a tua primeira frase achei que estavas gorda... e que estavas com um problema de 'pregas'... LOL
lamento não poder ajudar-te, mas eu, a desenhar, nem rectas, quanto mais pregas...
beijinhos
Fico positivamente extasiada com estas tuas explicações, já que nem um balde de plástico sei desenhar.
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