março 10, 2008

cem mil

Quando o meu filho me diz que a professora de matemática passou a aula a dizer "prontos" enquanto explicava as funções que tendem para "infenito" ponho-me algumas dúvidas quanto a de que lado me hei-de colocar nesta questão dos professores versus ministra da educação, sobretudo quando uma das questões em causa diz respeito à avaliação dos professores.

Quando penso que a última reunião de pais correu mesmo muito mal porque alguns pais se queixaram de que os seus filhos estavam desmotivados a português porque as aulas eram, segundo eles, "uma seca" e a dita professora de português adoptou uma atitude meramente defensiva dizendo que os alunos eram imaturos e que tinham de encontrar motivação por eles próprios, recusando-se a tentar arranjar uma forma de tornar as suas aulas mais interessantes, ainda vejo mais acrescidas as minhas dúvidas.

Quando me recordo que no oitavo ano, a turma do miúdo não teve aulas de português o ano inteiro, pois a professora entrava de baixa por doença, voltava para dar uma aula ao fim de 29 dias e regressava ao estatuto de doente, impedindo a escola de requisitar um professor substituto, ainda mais dúvidas tenho.

E quando me lembro da da 3ª classe que na avaliação de período escreveu que "o João devia de estar mais atento nas aulas", já não sei o que pensar.

100.000 professores em rebeldia é muito professor, alguma razão deverão ter. Se calhar é o meu filho que tem tido azar.

5 comentários:

Teresa disse...

Por coisas como esse "dever de estar ou um "contas-te" (contaste) que uma vez topei nas fichas da minha sobrinha Rita é que não subscrevi uma petição dos professores que circulou por aí. Na dúvida... que sejam avaliados, que quem não deve não teme. O que não podemos é ter professores do calibre destas nulidades a formar mal em anos tão decisivos commo os primeiros de escolaridade.

Beijo.

Teresa disse...

P.S. e desculpa lá as gralhas...

Pitx disse...

lá onde?

Sofia K. disse...

Os meus coleguinhas de faculdade são hoje professores de português e sobre isso teria muitas histórias para contar, mesmo. Mas às vezes dá-me dó! Quando para um 'tenho' é um pronome possessivo, está tudo dito!

Não é só o chegar à faculdade sem saber escrever e falar correctamente a língua, que até é a nossa e a que pretendem ensinar, mas o total desinteresse por aprender o que quer que seja, quando lhe é dada a oportunidade.

beijos

ana v. disse...

Também tenho as minhas dúvidas, e acho que devem mesmo ser avaliados. E os que são sérios não estão contra isso. Mas não invejo a sorte dos professores de hoje: são maltratados por alunos e pais e foram completamente desautorizados. Eu não queria ser professora, livra!