março 07, 2008

as tias e as leis de murphy

No balneário do ginásio apinhado de gente por se ver reduzido a metade da área à conta de umas obras que não acabam, chego ao meu cacifo a pingar do duche e tenho dificuldade em aceder-lhe pois de cada lado está uma tipa a vestir-se e aquilo é estreitinho.

Diz a da esquerda com um sorriso: ai, desculpe, vou já tirar daí as minhas coisas, isto está tudo tão cheio...

Digo eu: claro, não se preocupe, não é grave, cá nos havemos de arranjar.

Diz a da direita, com o rabo bronzeado a olhar para mim deixando adivinhar muitas horas de solário, sem nunca se virar: POIS, ISTO É FATAL COM'Ó DESTINO, TANTOS CACIFOS OCUPADOS E TINHA DE SER O QUE ESTÁ ENCOSTADO AO MEU QUE ALGUÉM HAVIA DE PRECISAR DE ABRIR JUSTAMENTE AGORA. ISTO COMIGO É SEMPRE ASSIM. NÃO HÁ NADA A FAZER. É A LEI DE MURPHY.

Olho de novo para o corpo de costas, uniformemente bronzeado da cabeça aos pés, que agora passa creme pela pele e digo: olhe é igual comigo; tantos cacifos sem ninguém aqui nesta ponta e tinha de ser ao lado do meu que se estava alguém a vestir. Que coincidência, não é?

Claro que não me respondeu. Enquanto pingo e espero que ela me dê um pouco de espaço penso que isto é realmente como uma das leis de Murphy: por mais tias que haja, haverá sempre uma tia mais tia que as outras. Ou então, por mais nua que esteja, uma tia é sempre uma tia.

2 comentários:

Anónimo disse...

o teu blogue está a ficar interessante; já tem estórias de tias nuas...

Sofia K. disse...

Quando ia ao Ginásio Clube, nas Amoreiras, tinha sempre essa ideia e tias nuas bronzeadas o ano inteiro.

beijos