novembro 30, 2007

olhar para mamas boas...

...dá saúde aos homens, segundo a opinião de Júlio Machado Vaz, pessoa por quem nutro grande apreço.


Fico porém com duas dúvidas:

1 - Se as mamas forem más (mal-feitas, penduradas, velhas) os efeitos são os mesmos?

2 - E as mulheres? Para onde devem olhar para poderem usufruir do mesmo benefício para a sua saúde? Para os peitorais musculados qb e pouco peludos de um homem ou para um rabiosque jeitoso? Será que já se fez um estudo equivalente para mulheres? Eu não me importo de participar nas condições atrás referidas.

cirque du soleil...

...quase às escuras.



Ontem, Pavilhão Atlântico, grande excitação, grande expectativa. Nunca tinha assistido a nenhum espectáculo desta companhia de que toda a gente me tinha dito o melhor possível. Lembrei-me do Cirque Plume que vi há alguns anos na mesma sala e que adorei e estava à espera de algo semelhante.

Pronto, eu sabia que o Cirque du Soleil tem vários espectáculos em cena simultaneamente pelos quatro cantos do mundo e que este em particular, "Delirium" de seu nome, era diferente do habitual, mais musical, mais multimédia, mais côr, mais dança e movimento e menos acrobacia. Até aqui tudo bem e parece que até corresponde àquilo a que se propõe com bastante qualidade.

E digo "parece" porque, e é com este "parece" que estou absolutamente LIXADA, devo ter visto aí 1/3 do que era suposto ver, já que os outros dois terços do meu campo de visão estavam ocupados por ombros e cabeças. Vai uma pessoa para a plateia convencida de que paga mais um tiquinho mas vê melhor e mais confortavelmente e, na volta, fica sentada em cadeiras duras numa plateia plana virada para um palco com altura incompatível com a dita plateia.

Ao princípio ainda me estiquei, dobrei uma perna debaixo do rabo, espreitei para a direita, para a esquerda, até me doer o pescoço e o vizinho de trás me dizer: "a senhora estabilize, que eu assim não sei por qual lado hei-de espreitar"; "espreitar, queria eu", respondi-lhe. Tentei pois estabilizar, até porque os meus esforços se traduziam em pouca ou nenhuma melhoria. Às tantas desisti e quase adormeci no escuro rodeada de cabeças.

Inadmissível que se vendam bilhetes para um espectáculo destes nestas condições.

novembro 27, 2007

portas


Tenho este sonho que se repete em noites mal dormidas: uma porta que fecho e que fica sempre aberta. Empurro-a bem, ouço o clique da lingueta na fechadura, viro costas e aquele friozinho nas pernas como quem diz

Vês, está aberta de novo.

Volto para trás, constato a porta entreaberta, verifico o trinco, empurro de novo, clique sem qualquer dúvida nos meus ouvidos, afasto-me à socapa com pezinhos de lã a ver se a apanho distraída e outra vez a corrente de ar que me lambe os pés, parece-me ouvir um risinho trocista e lá está ela a abanar, pouco mais que encostada, como se esperasse alguém.

Passo a noite a fechar uma porta que teima em manter-se aberta, só assim uma nesgazinha a ver se não dou por ela, e nunca consigo.

Quando acordo, a porta está sempre fechada.

foto de JFD

novembro 26, 2007

des bombons dans ma BAL


Hoje na minha caixa do correio, na minha Boite Aux Lettres, a relembrar outros tempos, um monte de bombons à solta, daqueles les pyrénéens que não há cá, que eu ADORO e que me encheram o bolso de felicidade antecipada ao prazer de os derreter lentamente e bem gelados na minha boca.

A acompanhar um postal que dizia: je pensais t'en donner au cinéma, pas possible alors j'ai recouru à une vieille méthode que tu connais

J'ai toujours aimé cette méthode à toi.

novembro 24, 2007

eu prometo...


... que não vou passar a vida nisto. Blogue que se preze, deve ter coisas mais interessantes para dizer e ser menos, digamos, autofágico.

Mas não resisti a esta. Perdoem-me os brasileiros que me lêem, mas as buscas mais incríveis vêem muitas vezes dos brasis. Algumas, como esta, incompreensíveis...

Seria o quê exactamente que procurava este cibernauta? Uma anorética enfiada num petit-four para fazer sucesso numa festarola?

novembro 22, 2007

e aqui temos ...

... mais um pequeno filme do... grande, incrível, fantástico JP!



gente, isto é o meu filho.

camping




Parece que "Kadhafi recusa-se a ficar num dos 11 hotéis já reservados para as 127 delegações que vão estar presentes na capital. O número 1 do Estado líbio quer ficar instalado na tenda que irá trazer, havendo, por isso, que encontrar um espaço na cidade onde a instalar."

Já não nos faltavam cá os malucos nacionais, ainda temos de aturar os malucos dos outros. Esta mania do sr. coronel ou general ou lá o que é, de querer acampar em tudo quanto é país aonde se desloca, vai-nos custar cara à conta da segurança e trapalhadas inerentes à coisa.

Para já estão indecisos quanto ao sítio onde o homem vai montar a tenda, pensando-se em Belém (ali mesmo em frente à torre, ficava fixe, hein?), no Parque das Nações, no Parque da Bela Vista... Já agora, porque não no Jardim da Estrela? Com jeitinho arranjava-se lá um canteirito para o gajo, aquilo tem facilidades sanitárias e é vedado.

pois também...

... gostaria de saber mas não sei. Lamento não poder ajudar.

Terá vindo ao engano... Espero que tenha gostado do resto.

novembro 21, 2007

e, quando ele perguntou...

... :

- Há mais alguma coisa que queiras fazer comigo que nunca tenhamos feito?

Ela respondeu docemente:

- Não, acho que já fizemos tudo.

Ele sentiu-se tranquilo. Tinha-a levado a passear e ao cinema, tinha-lhe comprado um vestido de chita, um anel com uma pedra azul e um ramo de flores, tinha-lhe mostrado a praia onde ia de camioneta com os padrinhos nos fins-de-semana de Verão. Ultimamente, não havia Domingo à tarde em que não a levasse a ver as lojas do Centro Comercial. Caminhavam de mão dada, comentavam as mudanças que a nova estação trouxera às montras, os preços dos artigos e, no final, sentavam-se para beber uma imperial acompanhada dum pratinho de tremoços.

Não reparou na sombra fugaz nos olhos dela.

Tanta coisa que não fizemos e nunca vamos fazer...

novembro 19, 2007

meninas na Índia


Goa, 2005

Hoje depois do jantar, contrariamente ao que é habitual, deixei-me ficar a remanchar no sofá em frente da televisão. No zapping dei com uma reportagem que passava na Sic N sobre as meninas indesejadas na Índia. Já todos conhecemos esta história: uma sociedade em que os casamentos são arranjados pela família, em que é um estigma social não casar os filhos, em que as filhas têm de ir acompanhadas de chorudos dotes que arruinam as famílias.

Isto significa que ter um filho é encarado como uma riqueza que vai um dia entrar na família, ter uma filha equivale a ruína daí por uns anos.

A reportagem acompanhava uma mulher que gere um asilo para crianças abandonadas, nos seus esforços para mudar as mentalidades das pessoas: convencer as mulheres a não abortarem quando sabem que a criança que geram é do sexo feminino ou a não abandonarem as meninas recém-nascidas; tentar, na internet (!), arranjar para as suas protegidas maridos pertencentes a famílias que não exijam o dote; construir um abrigo do lado de fora do asilo para as mulheres deixarem as suas meninas protegidas do tempo, em vez de largadas no chão.

Os abortos de bebés do sexo feminino dão-se, curiosamente, tanto em famílias pobres, como em famílias da classe média/alta, onde a questão do dote parece, à primeira vista, não acarretar problemas. Nas aldeias festeja-se o nascimento de um rapaz durante 7 dias e ignora-se o nascimento das raparigas. As grávidas medicam-se e seguem a gravidez com cuidado se sabem que vão ter um rapaz e descuidam-se com a sua própria saúde se esperam uma menina. Faz impressão ver uma mulher dizer que um filho traz alegria e uma filha só traz tristeza, quando ela própria é uma mulher.

Com tudo isto, há regiões da Índia em que a quantidade de mulheres é já 20% inferior à dos homens que correm assim o risco de não arranjar mulher senão a centenas de km de distância. E mesmo assim as coisas não mudam.

Na minha cabeça de ocidental nada disto faz sentido. Pareceria lógico, se pensarmos puramente em termos de mercado, que, sendo a mulher um bem escasso, teria maior procura e aumentaria o seu valor. Mas não. As tradições continuam a ter um peso que se sobrepõe à lógica.

Admirei a coragem e a abertura de espírito daquela mulher, que senti sozinha a lutar contra um infindável exército sem outra arma que não a sua boa vontade.

novembro 18, 2007

frio...

Há uma semana que o gato não me chega e, consequentemente, durmo com o aquecimento do quarto ligado.

Hoje ao jantar tive de ligar o da sala.

Mau... já que parece que o Inverno chegou, ao menos que chova.

Não é que eu goste de chuva, a bem dizer detesto-a, mas a terra está a ficar seca que nem um bacalhau velho, por isso se é para ter Inverno então que o tenhamos como deve ser, não é?

Só neste país, caraças... É sempre tudo pela metade...

novembro 15, 2007

mind the dog

Não, não, o cãozinho não estava à venda.

Era mesmo só para guardar os carimbos.

kunming, 2005

flores na rua


Sim, sim, podem dizer que vão ali dois polícias, mas mesmo que não fossem.

Ninguém mexe. Se fosse cá os vasinhos não passavam da primeira noite e no dia seguinte estavam à venda às portas do Alto de S. João ou, na melhor das hipóteses, a florir janelas por aí.

Outras culturas...

kunming, 2005

tcl

Quando fui à China, dei com isto por todo o lado.

kunming, 2005

Não me sabia tão popular, nem esperava tal recepção.

Fiquei muito sensibilizada.

me gustas tu

Manu Chao saiu com um disco novo. Ainda não ouvi.

Entretanto, relembro as músicas antigas de que mais gosto

(...)
Me gusta el viento, me gustas tu.
Me gusta soñar, me gustas tu.
Me gusta la mar, me gustas tu.
(...)

Que voy a hacer, je ne sais pas
Que voy a hacer, je ne sais plus
Que voy a hacer, je suis perdu
Que horas son, mi corazón

novembro 14, 2007

scones

Por enquanto os filhos vêem sem manual de instruções; no futuro... já não digo nada.

Bem podemos conversar sobre pedagogia com outras pessoas, relembrar a nossa própria infância e a nossa juventude, ler livros especializados, mas o facto é que entramos nesta aventura de ser pais sem qualquer experiência, sem rede, sem nenhum plano que possa ser cumprido à risca, quanto mais não seja porque os miúdos são pessoas únicas no mundo e quando menos damos por isso trocam-nos as voltas e seguem o caminho que muito bem lhes apetece.

Esta fase de final de adolescência, às portas de entrar no mundo dos adultos, é para muitos pais um verdadeiro drama. É nesta altura que muitos meninos até então "bem comportados" viram completamente para o lado errado. E essa viragem pouco tem que ver com o que os pais possam ter feito no que à educação diz respeito. Sem querer ser fatalista, o que verifico é que estamos perante uma roleta russa. Acontece com uns, com outros não, por apetência, pelas companhias, pouco importa.

No entretanto vamos fazendo o melhor que o bom senso e o instinto nos indicam, cruzando os dedos e vendo o que se passa.

Hoje quando cheguei a casa mais morta que viva depois de um dia maluco de trabalho, dei com o meu filho a preparar-se para ir pôr a namorada a casa. Antes de sair, disse-me:

- Aproveito e levo o cão a passear. Vamos jantar fora ou queres que traga alguma coisa?
- Estou esbodegada e sem energia para sair. Por favor passa pelo talho e traz meio quilo de carne picada.
- Ok. Ah... fizemos scones para o lanche. Deixámos dois para ti. Ainda estão mornos.

Na mesa da sala, um pratinho com dois scones envolvidos num guardanapo para não arrefecerem esperam por mim. Estão deliciosos, leves, melhores do que os que eu faço. Na cozinha, as chávenas de chá e outra louça suja convenientemente empilhada no lava-louças.

Não sei o que nos trará o futuro. Mas, por enquanto, parece-me que as coisas não estão a correr mal.

novembro 12, 2007

diálogos de fim de dia

- Posso?
- Claro, entra. Acabaste aquilo que te pedi?
- Sim, mas não consegui enviar o ficheiro por e-mail. Está aqui na pen.
- Este servidor anda cada vez pior. Dá cá a pen então.
- ...
- ...
- Que tal ires a "o meu computador"?
- Sim, sim... estava a pensar noutra coisa, desculpa.
- frummm, frummm, frummm.
- E se parasses de sorver o ranho enquanto estás aí atrás de mim?
- Não é ranho pá, é alergia, oh: frummm, frummm, vês, não tenho cá nada.
- Está bem, mas enoja-me à mesma.
- E eu quero lá saber...! Estou farto disto. Tenho obras em casa e fico assim por causa do pó.
- E eu ralada com o teu pó...! Por mim podes ter o pó todo do mundo, a ver se isso me incomoda.
- frummm, frummm, frummm, frummm, frummm, frummm.
- Ok, estás cansado e eu também, vamos mas é embora.
- Isso.
- ...
- E se me desses o coisinho?
- Ah, a pen! Estava a ver se te esquecias... Fixe, esta pen.

Conversa altamente improvável, ainda por cima em tom de chacota de lado a lado, quando o meu pai era chefe.

Os tempos mudam... Felizmente para melhor!

novembro 11, 2007

truques para falar em público



O comentário que RV (que devia ter um blog e não tem) me deixou aqui fez-me lembrar as doutas recomendações que foram dadas aos alunos por um querido e já desaparecido professor que tive na faculdade, em vésperas de apresentação pública de um trabalho que tínhamos feito, já em tempo de estágio.

A coisa ia passar-se num auditório que a minha fraca memória não me permite já localizar, mas recordo-me bem que a assistência era composta sobretudo por professores universitários doutras faculdades, alunos e outros académicos.

Nós íamos apresentar um trabalho de grupo, com exposição oral, apresentação de slides, enfim, uma coisa de alguma responsabilidade e, pouco habituados àquelas lides, estávamos todos em pánico profundo.

Foi aí que o nosso mestre nos explicou o truque que, dizia ele, usava desde sempre com resultados garantidos:

- Não há nada mais simples: vocês sobem ao palco e imaginam que toda aquela assistência engravatada está sentada não em poltronas mas sim em sanitas, com as calças convenientemente puxadas para baixo. Isso deixa-vos desde logo em posição de infinita superioridade pois vocês estão em pé e vestidos. Experimentem; vão ver que darão muito menos importância a quem vos está a ouvir e vai tudo correr bem.

A ideia pareceu-me boa. Quando chegou a minha vez de falar, levantei-me, caminhei até ao microfone sobre as pernas gelatinosas e com o coração aos saltos e olhei para a assembleia. Semicerrei os olhos e imaginei toda aquela gente de calcinhas para baixo ou de saias arregaçadas sentada em sanitas de várias cores. A imagem que se me formou na cabeça era de tal forma cómica que me deu uma louca vontade de rir. Acho que o esforço que tive de fazer para controlar as gargalhadas foi maior do que o que teria feito para que não me tremesse a voz, mas lá consegui ultrapassar a prova menos mal.

Ainda hoje detesto falar em público e, felizmente, raras vezes tive de o fazer. Mas, se a tal sou obrigada, não deixo de pensar nas sanitas e nas calças para baixo e o facto é que me consigo sentir numa posição de vantagem que me diminui a nervoseira.

novembro 09, 2007

os esposos não falecem

A propósito duma conversa que tive há dias com uma blogamiga e dumas coisas que li hoje por aí (não, não digo onde), vamos lá ver se nos entendemos:

- A forma correcta de dizer "O esposo da Maria faleceu" é: "O marido da Maria morreu". Querendo, pode-se utilizar uma linguagem mais vulgar como "O gajo da Maria atou as botas". Idem, para o Manel: "Morreu a mulher do Manel" e não "Faleceu a esposa do Manel". Ahrgggg!

E escusam de me chamar snob.

Sempre dei dois beijos quando as tias davam só um e, mesmo agora que elas dizem que se deve dar dois porque o povo todo já só dá um, eu continuo com os meus dois, três para os amigos do peito.

Também só me refiro à minha mãe como "a mãe" quando falo com o meu irmão, que é a única pessoa do mundo que partilha esta mãe comigo.

Agora, "esposo/a" e "falecer", por favor...

sustentar a adolescência

- Não deixes comida no prato. Se não querias isso tudo, tivesses tirado menos.
- Eu sei, desculpa, mas não me apetece mais.
- Tens de comer tudo. Há gente a morrer de fome por esse mundo fora.
- De qualquer forma não iam comer isto que está no meu prato.
- Pois não, mas é uma questão de princípio. Não se deita comida fora quando há pessoas com fome.
- Nunca percebi esse argumento. Os que têm fome têem-na à mesma quer eu coma isto quer o deite no lixo.
- Bolas, se não percebes, come e cala-te. É uma forma de estar no mundo: não desperdiçar.
- Não, não percebo.
- É como reciclar, não gastar água à toa, nem electricidade, é a mesma coisa. Os recursos são escassos e cada vez mais.
- Está bem, mas os outros não iam comer o meu arroz.
- Não iam eles, ias tu. Amanhã, ok? E já não ia para o lixo.
- Pronto, pronto, mas não me apetece mesmo mais.

Irra, como é que eu enfio os princípios do desenvolvimento sustentável na cabeça do rapaz se nem consigo convencê-lo a terminar o prato?

novembro 07, 2007

vacas magras

"Visto, Arquive-se"

"Concordo, é de autorizar"

"Concordo, é de indeferir"

"Sr. Arqto. X, para prosseguimento"

"Sra. Engª Y, para analisar e informar"

"Secretaria, oficiar o requerente em conformidade"

"Ao Departamento XPTO, julgo que este assunto é da V. competência tendo, por lapso, dado entrada nos nossos serviços"

"Secretaria, informar o requerente que de momento, por constrangimentos financeiros, não nos é possível proceder à reparação solicitada"

"Solicita-se parecer do Núcleo Jurídico"


Foi para isto que andei a queimar pestanas durante 5 anos? Montes e montes de papeis em que escrevo tretas como estas todos os dias...

Já não há pachorra, nem saco, nem cu que aguente.

Se ao menos acabassem os "constrangimentos financeiros"...

Alguém que me leve de regresso ao tempo das vacas gordas por favor.

novembro 06, 2007

não há dúvida...

não sei pôr isto tudo bonitinho (alguém que me ensine, por favor) mas realmente as buscas que vão parar ao meu blogue são muito mais decentes do que as desta miúda aqui.

Referring URL http://www.google.co...pwst=1&start=20&sa=N
Search Engine google.com.br
Search Words boas maneiras no namoro
Visit Entry Page http://falabarata.bl...ranjar-parceiro.html
Visit Exit Page http://falabarata.bl...ranjar-parceiro.html

"boas maneiras no namoro"...classe...

novembro 05, 2007

roupas, cabeças, simplificação


Passou-se todo o Verão e foi necessário recomeçar as aulas na SNBA para, finalmente, fazer este post que estava à espera na gaveta desde Junho quando terminaram as aulas do 3º período.

Aqui e aqui contei o que fizemos nos dois primeiros. No início do 3º, conforme previsto, os modelos vestiram-se (oh...!) e toca a treinar nas roupinhas o que tínhamos aprendido nas aulas de panejamento. A bem dizer não se vestiram muito, uma camisolita de manga curta, um panito pelas pernas, já que havia que desenhá-los primeiro tal como o Senhor os deitou ao mundo e depois, sobre um papel de esquisso

isto fez-me lembrar um dos inúmeros e improváveis slogans que inventámos há uns anos, numa noite de insónia e risos, para uma empresa que forneceria serviços de desenho para apoio a gabinetes de arquitectura: "esqueça o esquisso, nós tratamos disso"...

colocado sobre o primeiro desenho, vesti-los. Assim:



Depois desta fase, passámos ao estudo detalhado da cabeça (por fora, obviamente, se não a coisa teria sido ainda mais complicada).

Como lá na SNBA gostam muito do desenho de contorno cego

já expliquei: basicamente olha-se para o modelo e não para o papel; enquanto os olhos seguem o contorno do modelo, o lápis tenta reproduzir o mesmo no papel, a sentimento e com muita concentração

tivemos de fazer uns quantos ensaios de contorno tridimensional. Com algum treino e uma ligeira batota (rabinho do olho de esguelha) o melhor que consegui foi isto:


Na fase seguinte e depois de supostamente nos termos apercebido bem do relevo da cabeça (mais uma vez falo do objecto) lá nos puseram uns bustos de gesso no centro da sala e toca a desenhar, primeiro em contorno, depois tentando dar volume com claros e escuros a cera. Bom, destes últimos prefiro não mostrar nada... Os resultados não foram famosos, sobretudo quando se tratou de desenhar o colega em frente. Ia havendo pancadaria naquelas aulas... então quando alguém achava que tinha feito um bom trabalho e dizia: olha aqui! vê lá se não ficaste parecida... os sorrisos amarelos não chegavam para esconder as faíscas que deitavam os olhos...

O que posso mostrar é só isto para dar uma pálida ideia do que se pretendia (atenção: SÃO TUDO BUSTOS EM GESSO, OK? NENHUM COLEGA, CERTO?):




Quando já não podíamos ver uma cabecinha que fosse à nossa frente e já só grunhíamos uns com os outros, eis que chega a parte final do 1º ano: sejamos artistas, inventemos simplificando. Na realidade o grau de liberdade não era muito... Depois de termos uma ou duas sessões de desenhos com volume em poses de 5, 10 minutos com as malfadadas ceras (material avesso a ser dominado) em que saiam coisas deste género,



tivemos de, com linhas rectas apostas a linhas curvas, claros e escuros onde nos desse na gana, tentar produzir as nossas obras de arte, sempre duramente criticadas pelos mestres: então, tem duas linhas curvas seguidas... isto aqui parece uma fiada de chouriços... recta/ curva /recta /curva. Bom, dos 7 ou 8 que fiz, o meu filho escolheu estes dois:



E é assim. O resultado não será o que eu queria, mas deu-me imenso gozo e acho que, mesmo assim, fiz alguns progressos. Daí que, queixo-me, queixo-me, mas este ano lá estou eu caída de novo, para o 2º ano do curso, desta feita uma vez por semana em sessões de 4 horas (trabalhos mais demorados assim o exigem)... é que isto agora promete a avaliar pela lista de materiais: pinceis, óleos, acrílicos, pasteis, bata, trapos...

uau! estou em êxtase profundo!

novembro 04, 2007

manual de instruções


os novos suportes que comprei para pôr as bicicletas no tejadilho do carro vinham, e bem, com manual de instruções.

ainda bem que não se esqueceram de incluir este aviso. é que estava mesmo preparada para ir à lavagem automática fazer um dois em um...

novembro 02, 2007

o batata e o xuruca

quem quiser saber o que se passa com eles, pode ir aqui e dar uma ajuda à Mad.

um ano de conversa fiada


Sou tão atenta, que estava convencida que tinha começado este blogue em Novembro passado.

Afinal foi em Outubro e ainda vamos a tempo de assinalar a data com uma nova cara.

Olhando para trás e pensando em tudo o que já aqui escrevi, continuo sem saber muito bem o que cá faço.

Bom, continuemos e logo se vê o que vai saindo, mantendo a ideia inicial das "crónicas, desabafos e o que houver" e constatando que isto tem sido, sobretudo, o couvert.

novembro 01, 2007

cansaço...

Há anos que tenho o meu emprego certinho, que já me deu pica e que agora, graças ao estado das finanças públicas, só me dá tédio e maçadas.

Há anos que, para além do emprego certinho, trabalho à noite em casa para equilibrar o orçamento ao nível a que me habituei.

É assim desde que acabei o curso e comecei a trabalhar. E se ao princípio a coisa era leve e engraçada e fazia noitadas a esgalhar sem qualquer problema, agora só faço noitadas sem problema se for para curtir.

Agora, cada hora de trabalho em casa é tirada a saca-rolhas sendo que, como o instrumento de trabalho é este mesmo em que agora escrevo e onde a net está sempre ligada, cada hora de trabalho significa realmente que estive umas 5 horas no pc, intervalando trabalho com netsurfing...

O pior é quando, nos dias assim bonitos como o de hoje em que só apetece é ir para a praia ou pedalar à beira-rio, decido ficar em casa muito certinha para trabalhar e, feitas as contas ao fim do dia, com o tempo bem arrumadinho bem podia ter ido apanhar sol.

Ou me organizo ou arranjo um emprego que me pague os dois que tenho agora.

Há dias em que me sinto completamente farta de mim e de ser assim como sou.

madeleine peyroux

Para quem, como eu, gosta desta Madalena e para quem não a conhece.
Uma das brancas de voz mais negra que conheço.



Drink up, baby
Stay up all night
Things you could do
You won't but you might

The potential you'll be
You'll never see
Promises you'll only make
Drink up with me now
And forget all about
Pressure of days
Do what I say
And I'll make you okay
And drive them away
Images stuck in your head

People you've been before
That you don't want around anymore
That push and shove and won't bend to your will
I'll keep them still

Drink up, baby
Look at the stars.
And I'll kiss you again
Between the bars
Where I'm seeing you there
With your hands in the air
Waiting to finally be caught

Drink up one more time
And I'll make you mine
And keep you apart
Deep in my heart
Separate from the rest
Where I like you the best
Keep the things you forgot

The people you've been before
That you don't want around anymore
That push and shove and won't bend to your will
I'll keep them still