Ontem, Pavilhão Atlântico, grande excitação, grande expectativa. Nunca tinha assistido a nenhum espectáculo desta companhia de que toda a gente me tinha dito o melhor possível. Lembrei-me do Cirque Plume que vi há alguns anos na mesma sala e que adorei e estava à espera de algo semelhante.
Pronto, eu sabia que o Cirque du Soleil tem vários espectáculos em cena simultaneamente pelos quatro cantos do mundo e que este em particular, "Delirium" de seu nome, era diferente do habitual, mais musical, mais multimédia, mais côr, mais dança e movimento e menos acrobacia. Até aqui tudo bem e parece que até corresponde àquilo a que se propõe com bastante qualidade.
E digo "parece" porque, e é com este "parece" que estou absolutamente LIXADA, devo ter visto aí 1/3 do que era suposto ver, já que os outros dois terços do meu campo de visão estavam ocupados por ombros e cabeças. Vai uma pessoa para a plateia convencida de que paga mais um tiquinho mas vê melhor e mais confortavelmente e, na volta, fica sentada em cadeiras duras numa plateia plana virada para um palco com altura incompatível com a dita plateia.
Ao princípio ainda me estiquei, dobrei uma perna debaixo do rabo, espreitei para a direita, para a esquerda, até me doer o pescoço e o vizinho de trás me dizer: "a senhora estabilize, que eu assim não sei por qual lado hei-de espreitar"; "espreitar, queria eu", respondi-lhe. Tentei pois estabilizar, até porque os meus esforços se traduziam em pouca ou nenhuma melhoria. Às tantas desisti e quase adormeci no escuro rodeada de cabeças.
Inadmissível que se vendam bilhetes para um espectáculo destes nestas condições.
Pronto, eu sabia que o Cirque du Soleil tem vários espectáculos em cena simultaneamente pelos quatro cantos do mundo e que este em particular, "Delirium" de seu nome, era diferente do habitual, mais musical, mais multimédia, mais côr, mais dança e movimento e menos acrobacia. Até aqui tudo bem e parece que até corresponde àquilo a que se propõe com bastante qualidade.
E digo "parece" porque, e é com este "parece" que estou absolutamente LIXADA, devo ter visto aí 1/3 do que era suposto ver, já que os outros dois terços do meu campo de visão estavam ocupados por ombros e cabeças. Vai uma pessoa para a plateia convencida de que paga mais um tiquinho mas vê melhor e mais confortavelmente e, na volta, fica sentada em cadeiras duras numa plateia plana virada para um palco com altura incompatível com a dita plateia.
Ao princípio ainda me estiquei, dobrei uma perna debaixo do rabo, espreitei para a direita, para a esquerda, até me doer o pescoço e o vizinho de trás me dizer: "a senhora estabilize, que eu assim não sei por qual lado hei-de espreitar"; "espreitar, queria eu", respondi-lhe. Tentei pois estabilizar, até porque os meus esforços se traduziam em pouca ou nenhuma melhoria. Às tantas desisti e quase adormeci no escuro rodeada de cabeças.
Inadmissível que se vendam bilhetes para um espectáculo destes nestas condições.
4 comentários:
Ui... Eu vou amanhã.
Olá sc. Se vais para a plateia, leva um periscópio.
Que pena. Dizem que é um espectáculo excelente.
Vi-os em Londres há quatro anos, noutro espectáculo, o Saltimbanco - história divertidíssima de permeio, com o Vítor a brilhar em palco, que te contarei de viva voz.
Quanto ao Pavilhão Atlântico, considero-o sítio a evitar, pelo menos para certos espectáculos - desde que lá vi o Porggy and Bess. Ópera, então, nem pensar! Já tive convites (e para óperas que adoro), os melhores lugares, e recuso sempre.
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