O comentário que RV (que devia ter um blog e não tem) me deixou aqui fez-me lembrar as doutas recomendações que foram dadas aos alunos por um querido e já desaparecido professor que tive na faculdade, em vésperas de apresentação pública de um trabalho que tínhamos feito, já em tempo de estágio.
A coisa ia passar-se num auditório que a minha fraca memória não me permite já localizar, mas recordo-me bem que a assistência era composta sobretudo por professores universitários doutras faculdades, alunos e outros académicos.
Nós íamos apresentar um trabalho de grupo, com exposição oral, apresentação de slides, enfim, uma coisa de alguma responsabilidade e, pouco habituados àquelas lides, estávamos todos em pánico profundo.
Foi aí que o nosso mestre nos explicou o truque que, dizia ele, usava desde sempre com resultados garantidos:
- Não há nada mais simples: vocês sobem ao palco e imaginam que toda aquela assistência engravatada está sentada não em poltronas mas sim em sanitas, com as calças convenientemente puxadas para baixo. Isso deixa-vos desde logo em posição de infinita superioridade pois vocês estão em pé e vestidos. Experimentem; vão ver que darão muito menos importância a quem vos está a ouvir e vai tudo correr bem.
A ideia pareceu-me boa. Quando chegou a minha vez de falar, levantei-me, caminhei até ao microfone sobre as pernas gelatinosas e com o coração aos saltos e olhei para a assembleia. Semicerrei os olhos e imaginei toda aquela gente de calcinhas para baixo ou de saias arregaçadas sentada em sanitas de várias cores. A imagem que se me formou na cabeça era de tal forma cómica que me deu uma louca vontade de rir. Acho que o esforço que tive de fazer para controlar as gargalhadas foi maior do que o que teria feito para que não me tremesse a voz, mas lá consegui ultrapassar a prova menos mal.
Ainda hoje detesto falar em público e, felizmente, raras vezes tive de o fazer. Mas, se a tal sou obrigada, não deixo de pensar nas sanitas e nas calças para baixo e o facto é que me consigo sentir numa posição de vantagem que me diminui a nervoseira.
A coisa ia passar-se num auditório que a minha fraca memória não me permite já localizar, mas recordo-me bem que a assistência era composta sobretudo por professores universitários doutras faculdades, alunos e outros académicos.
Nós íamos apresentar um trabalho de grupo, com exposição oral, apresentação de slides, enfim, uma coisa de alguma responsabilidade e, pouco habituados àquelas lides, estávamos todos em pánico profundo.
Foi aí que o nosso mestre nos explicou o truque que, dizia ele, usava desde sempre com resultados garantidos:
- Não há nada mais simples: vocês sobem ao palco e imaginam que toda aquela assistência engravatada está sentada não em poltronas mas sim em sanitas, com as calças convenientemente puxadas para baixo. Isso deixa-vos desde logo em posição de infinita superioridade pois vocês estão em pé e vestidos. Experimentem; vão ver que darão muito menos importância a quem vos está a ouvir e vai tudo correr bem.
A ideia pareceu-me boa. Quando chegou a minha vez de falar, levantei-me, caminhei até ao microfone sobre as pernas gelatinosas e com o coração aos saltos e olhei para a assembleia. Semicerrei os olhos e imaginei toda aquela gente de calcinhas para baixo ou de saias arregaçadas sentada em sanitas de várias cores. A imagem que se me formou na cabeça era de tal forma cómica que me deu uma louca vontade de rir. Acho que o esforço que tive de fazer para controlar as gargalhadas foi maior do que o que teria feito para que não me tremesse a voz, mas lá consegui ultrapassar a prova menos mal.
Ainda hoje detesto falar em público e, felizmente, raras vezes tive de o fazer. Mas, se a tal sou obrigada, não deixo de pensar nas sanitas e nas calças para baixo e o facto é que me consigo sentir numa posição de vantagem que me diminui a nervoseira.
6 comentários:
Nunca tinha ouvido falar dessa estratégia, mas é bem capaz de resultar. Sobretudo se se distribuir pela plateia, em vez dos tradicionais blocos de apontamentos, rolos de papel higiénico. Folha dupla.
vá lá, não sejas forreta: tripla
Graças a Deus falar em público não é coisa que eu tenha de fazer. Mas, se alguma vez a isso me vir obrigada, não me hei-de esquecer deste truque!
Beijo.
Touchée!!! Já não aguento mais bocas (tu, as primas e mais gente a dizer que devia ter um blog). Acho que vou precisar da tua ajuda de blogger encartada para fazer nascer o meu blog. Que tal num serão chez moi depois de uma "Empada de pato à Sissi da Baviera"?
Aqui fica o réptil. (juro que já ouvi isto, e, além disso, odeio lançar répteis...)
Beijinhos
RV
say when rv, e faço-te o blog. vai pensando num nome para a festa de baptismo!
Ok,tá feito! Amanhã falamos!
Beijos
Rosarinho
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