- Não deixes comida no prato. Se não querias isso tudo, tivesses tirado menos.
- Eu sei, desculpa, mas não me apetece mais.
- Tens de comer tudo. Há gente a morrer de fome por esse mundo fora.
- De qualquer forma não iam comer isto que está no meu prato.
- Pois não, mas é uma questão de princípio. Não se deita comida fora quando há pessoas com fome.
- Nunca percebi esse argumento. Os que têm fome têem-na à mesma quer eu coma isto quer o deite no lixo.
- Bolas, se não percebes, come e cala-te. É uma forma de estar no mundo: não desperdiçar.
- Não, não percebo.
- É como reciclar, não gastar água à toa, nem electricidade, é a mesma coisa. Os recursos são escassos e cada vez mais.
- Está bem, mas os outros não iam comer o meu arroz.
- Não iam eles, ias tu. Amanhã, ok? E já não ia para o lixo.
- Pronto, pronto, mas não me apetece mesmo mais.
Irra, como é que eu enfio os princípios do desenvolvimento sustentável na cabeça do rapaz se nem consigo convencê-lo a terminar o prato?
- Eu sei, desculpa, mas não me apetece mais.
- Tens de comer tudo. Há gente a morrer de fome por esse mundo fora.
- De qualquer forma não iam comer isto que está no meu prato.
- Pois não, mas é uma questão de princípio. Não se deita comida fora quando há pessoas com fome.
- Nunca percebi esse argumento. Os que têm fome têem-na à mesma quer eu coma isto quer o deite no lixo.
- Bolas, se não percebes, come e cala-te. É uma forma de estar no mundo: não desperdiçar.
- Não, não percebo.
- É como reciclar, não gastar água à toa, nem electricidade, é a mesma coisa. Os recursos são escassos e cada vez mais.
- Está bem, mas os outros não iam comer o meu arroz.
- Não iam eles, ias tu. Amanhã, ok? E já não ia para o lixo.
- Pronto, pronto, mas não me apetece mesmo mais.
Irra, como é que eu enfio os princípios do desenvolvimento sustentável na cabeça do rapaz se nem consigo convencê-lo a terminar o prato?
3 comentários:
Só mesmo comendo as sobras no dia a seguir. Mesmo que já tenham vindo ao prato.
Só para ilustrar o "cabedal" da minha mãe, digo-te que uma vez, miúda ainda, não achei nada melhor que declarar que não gostava do que tinha à frente, que por acaso era grão. Pois estive três dias a fio a comê-lo ao almoço, ao jantar e ao lanche, sozinho, gelado, directamente do frigorífico para a minha frente, que naquela altura ainda não havia cróondas (como diz a minha Paizinha) e mesmo que houvesse..., e quanto mais chorava mais comia.
Claro que nunca mais (mesmo!) abri a boca para dizer que não gostava de fosse o que fosse. E hoje em dia adoro grão, como tudo o resto, aliás, que eu não sou nada esquisita de boca. Experimenta.
Ah, e lá em casa também se rapava o prato exactamente com a mesma desculpa. Depois passava era por lambona em casa de amigas mais bimbas... Não se pode ter tudo!
Gostei especialmente da brincadeira subtil em volta do "desenvolvimento sustentável" e do título do post. :)
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