fevereiro 28, 2008

bloggers dinner

Esta menina , esta, esta e mais esta, sairam daqui há pouco depois de um jantarinho nada virtual.

O evento começou devidamente comedido mas para o final ninguém conseguia já contar uma estória com princípio, meio e fim, ficando-se, o mais das vezes*, pelo meio e todas falávamos ligeiramente acima dos decibéis adequados ao adiantado da hora.

Também não é todos os dias que cinco mulheres dão conta de três garrafas de vinho, não é?

*T, isto diz-se ou é português manhoso?

fevereiro 27, 2008

contratar e constatar,...

...ok?

Duvido que o pessoal que escreve coisas aqui no sítio onde eu trabalho leia este blogue, mas já não aguento tanto contraCto e tanto constaCto.

Irra! "Contratar", sem C antes do A!; "Constatar", sem C antes do A!

Cambada de analfabetos.

Ah! E já agora se não escreverem "consta-se que..." também agradeço...

fevereiro 25, 2008

to love or not to love...

...eis a questão.

Fui ver o "Sweeney Todd" na semana passada e estou com dificuldade em decidir se gostei ou não do filme. Isto, lido assim, parece uma observação um bocado estúpida. Ou se gosta ou não se gosta, dir-me-ão. Mas o cinema funciona quase como as paixões: há amores à primeira vista, há outros que amadurecem com o tempo, outros em que se gosta dumas coisas, doutras não e se hesita em concluir para que lado tomba o fiel da balança.



Dum modo geral gosto dos filmes de Tim Burton e ainda mais quando escolhe o Johnny Depp como protagonista. Também gosto da Helena Bonham Carter desde que a vi em "A Room With a View" que julgo ser o seu filme de estreia no grande ecrã.

Gostei muito de "The Nightmare Before Christmas" e de "Corpse Bride". Adorei "Ed Wood", "Big Fish" e "Sleepy Hollow". E os outros que vi, vi com agrado. Até "Charlie and the Chocolate Factory", enfim...

Gosto da plástica dos filmes de Burton e do ambiente negro que envolve as suas estórias. Se "Sweeney Todd" tem tudo isto, incluindo Johnny Depp e Helena Bonham Carter (e até Sacha Baron Cohen!), porque será que me chateei que nem um perú durante mais de metade do filme? E dormitei um tiquinho? E estive vai não vai para sair?

Acabei por ficar até ao fim porque a partir de, digamos, 2/3 do filme ele me começou a interessar. Saí de lá sem perceber o que me desagradara. A fotografia, os cenários, a caracterização das personagens e a sua interpretação são sublimes. E tem piadas com graça. Só que o filme é, foi para mim, objectivamente chato.

Passados que foram uns dias, amadureci a vaga sensação que tive de início de que a culpa era da música. E é. Não gosto daquele tipo de música, não gosto mesmo. Que chata, meu Deus...

Dêem-me o "Sweeney Todd" em versão não musical e tenho a certeza de que vai direitinho para os meus tops do Tim Burton.

os animais são nossos amigos

São, não são? Então os cães, verdadeiros amigos. Acompanham-nos nas melhores e nas piores horas, sempre ali, firmes a nosso lado. E são fieis e não mentem e dão ao rabo quando nós chegamos a casa e quanto mais conheço os homens mais gosto do meu cão e etecétera e tal.

E esta então, linda de morrer.

O pior é acordar num domingo de manhã, já com bastantes tarefas domésticas programadas e depararmo-nos com este preparo.



Linda de morrer...

fevereiro 22, 2008

...da-se!

Foi Sol de pouca dura. Há 5 minutos na minha caixa de correio:

"Olá T,
conforme combinado junto anexo a localização do PT, e localização do artigo.
bjo
N"

Irra, bolas, ...da-se! Uma mulher não tem direito a um fim-de-semana? Agora há-de ficar lá no ciberespaço, pelo menos até 4ª ou 5ª feira. Caraças, que só me apetece dizer palavrões...

já sinto chicl ana

Aprender esta milonga tem-nos dado algum trabalho. Não encontrei no tubo nenhuma versão coral que me agradasse o suficiente para aqui pôr o que, já de si, quer dizer alguma coisa. É uma peça que pode ser lindíssima se for bem cantada, mas se não o for, bom é melhor nem falar...

Jacinto Chiclana não é fácil, aliás Piazzolla não é fácil. No entanto a musiquinha teima em não sair da cabeça e eu aproveito essa teimosia para ir cantarolando a minha parte e treinando nos tempos livres (no duche, no carro, na cozinha e isso). Vinha hoje de manhã ao volante do meu bólide de trabalho e lá vem ela outra vez instalar-se-me na cabeça. O problema é que a versão mais teimosa é a dos sopranos e eu sou contralto, ainda por cima contralto do grupo "maria vai com as outras" ou seja, se não tenho as bengalas ao pé de mim, foge-me a voz para a melodia dos sopranos que, em geral, é a que mais facilmente fica no ouvido e, neste caso em particular, nem se fala.

Não havia meio de me lembrar como era a nossa parte e pensava, "bolas, faz-me falta aqui a J que ela é que é segurinha com esta música", quando ouço um piiipiiih ao meu lado no semáforo e era a dita J. Abro a janela e:

- Olha que coincidência... vinha mesmo a pensar em ti!
- Mentirosa, não vinhas nada!
- Vinha, vinha! Ouve lá, como é a nossa parte do Jacinto Chiclana?
- Então é assim: Dum, dum, dum dum, dum, dum dum, dum, dum dum, dum, dum dum, dum dum...
- Não é essa, essa lembro-me. A outra a seguir...? Aquela do "Me acuerdo fue en Balvanera..."
- Ah! Essa é assim "Me ...

E nisto o sinal abriu e os outros carros começaram a apitar e já não ouvi nada... Fiquei o resto do dia com aquilo na cabeça, mas sempre a parte que não é a minha, num desespero por não me lembrar... Não sei se por ser também em espanhol, se pela angústia de não dar com as notas, de repente sai-me a Milonga e entra-me isto, vindo não sei donde:



Chiii...!, há quanto tempo não ouvia esta música! E não foram poucas as vezes que a dancei, quando esteve nos tops lá para os inícios dos anos 90. Viktor Lazlo...*, pois era...

* Gostava que alguém me explicasse por que raio uma mulher, francesa, gira e tal, escolhe para ser conhecida no meio artístico um nome que parece o de um bailarino de folclore húngaro, com colete e grandes bigodes negros

fevereiro 21, 2008

hip hip hip


HURRAH!

Acabei de acabar, de enviar, de embrulhar, de fechar um safado de um projecto que me andava a moer o juízo há uns 3 meses. Sim, o último ficheirinho voou para o ciber-espaço há coisa de 5 minutos.

Isto merece uma comemoração à maneira. Ainda não sei como, nem quando*, mas à maneira.

* antes de começar o próximo... :-P

fevereiro 20, 2008

máquina zero

Com a chuvada que caiu há 3 dias há por aí muita gente a sofrer na pele as consequências das inundações. Eu moro num sítio alto, de forma que era preciso um dilúvio acompanhado de maremoto para ter água a entrar dentro de casa. Em contrapartida, e não querendo sequer comparar a chatice, esta semana tenho a criação toda comigo: um gato e um cão, ambos residentes habituais, e uma cadela da família que de vez em quando me é deixada em regime de pensão completa.

A minha inundação, então nesta época de pré-primavera é de pelos. PELOS, senhores. Às centenas, aos milhares. Por mais que se varra e aspire, há sempre uma bolinha de pelos a esvoaçar rente ao chão.

Estou a pensar seriamente recorrer à máquina zero e resolver o problema pela raiz. Do pelo, claro.

fevereiro 18, 2008

doce de tangerina


Ela entrou-me lá no gabinete a comer tangerinas e com umas quantas na mão:

- Tome lá a ver se arrebita. Trouxe-as da terra.
- Mas eu estou arrebitada...
- Não está nada. Está para aí com a cara toda virada do avesso. Coma que são doces e têm vitaminas.

Peguei nas tangerinas, fui-as descascando, saboreando cada gomo e cuspindo os caroços, enquanto me vinha aquela nostalgia da terra que nunca tive. Só terras emprestadas onde às vezes vou e que me deixam colher os frutos que os seus ventres geram: feijão-verde, uvas, alfaces, laranjas, marmelos, tomates, figos. Eu, que gosto de pegar num cesto vazio e enchê-lo de coisas assim tiradas directamente da terra, mãos sujas de sumo, peganhentas e gostosas de lamber, estou reduzida à triste dimensão de embalagens de supermercados, frutas calibradas e sem interesse. É o destino de quem nasce numa família urbana, isto de não ter terra.

- São boas, são. Quando for outra vez à terra bem me podia trazer umas quantas para eu fazer doce. Tenho uma receita de doce de tangerina que é de cair para o lado. Depois dava-lhe um frasquinho.
- Combinado. Para a semana já lhe trago.

Voltei aos meus papeis e nunca mais me lembrei das tangerinas. Esta semana que passou, entra-me ela de novo no gabinete:

- Cá estão as tangerinas. A minha mãe pede a receita do doce em troca.

Na mão um saco enorme, cheio.

- Eh pá, você é maluca... Olha só para isto... Não vou fazer mais nada nos próximos dias se me ponho a transformar isso tudo em doce. Obrigada!
- De nada, o que há lá mais é disso. Não se esqueça da receita.
- Trago a receita e um frasquinho!

Dei metade das tangerinas e quando cheguei a casa e pesei o que sobrara, ainda tinha 3 quilos. Dá para 5 kg de doce...

Ainda não tive tempo de o fazer; há que espremer o sumo, separar caroços e peles, tirar as partes brancas, cortar as cascas em tiras muito fininhas. Dá trabalho, mas vale a pena. É um doce supimpa!

Por enquanto estão ali na cozinha, perfumando o ar, colorindo o espaço de cor-de-laranja e verde e a lembrarem-me da terra que não tenho.

fevereiro 16, 2008

cinco dígitos

Olha! O meu contador de visitas tem cinco dígitos.

Será que ainda por aqui ando até chegar aos seis?

antes do sol


Vem-me de madrugada antes que seja tarde
Que de amar-te nunca é cedo.
Vem sentir a pele que arde
Ao tocar a tua num segredo
Num medo que o dia venha num segundo
E te leve do meu mundo sem alarde.

Vem-me de madrugada e de mansinho
Chega-te a mim como jamais.
Como se essa hora fosse agora
E nunca mais.

Devagar, devagarinho
Sem pressa, sem conversa dessa
Toca no meu corpo que é teu
Como se o teu fora.
Diz-me baixinho que és meu
De madrugada, antes do azul do céu.

fevereiro 12, 2008

coisas da natureza

foto de Lúcia de Sousa

Então cá vai a resposta à adivinha do outro dia.

As fotos foram tiradas na ilha de Porto Santo, para onde fui numa de spa no carnaval, num sítio chamado Pedreira de Ana Ferreira, também conhecido pelos locais por "piano".

Trata-se de uma formação geológica de origem vulcânica, relativamente rara, que é constituída por colunas prismáticas de formas irregulares, mas em que a maioria são hexagonais ou pentagonais. O sítio é património da Unesco e é realmente impressionante pela dimensão e pela forma ondulante que as colunas tomam.

A foto a seguir dá uma ideia da escala:


Já tinha tido a oportunidade de ver um outro exemplo na Islândia, este aqui,



mas um dos mais conhecidos mundialmente é o sítio chamado Calçada de Gigantes na Irlanda (que encabeça este post) e há outro também famoso na América de que não me recordo o nome. Haverá mais com certeza, mas não conheço.

Explicações dadas e analisadas as respostas, temos então:

1º prémio para a menina Sofia que tem um passarinho lá em casa que sabe muito! Boa, Sofia!

2º prémio para a Teresa que andou lá perto;

3º prémio para o Pitx que, pela sua observação, me dá ideia que sabia o que era ou então atirou no escuro com sorte.

Para os outros que enviaram palpites vai o prémio de "boas piadas"!

fevereiro 10, 2008

que gaio de azague

Ontem estive na festa de aniversário de um amigo. Nunca se conhece toda a gente, não é? E então a malta apresenta-se, com um ou dois beijos, conforme os credos, olá, eu sou a Teresa, Gonçalo, prazer, olá eu sou a Cristina, Teresa, muito prazer e às tantas, olá eu sou a Vegónica Guegueigo Pegueiga*, pgazegue. Contive-me e não disse que me chamava Teguesa.

Que raio de azar... uma mulher com esta característica devia chamar-se Ana Matias ou Helena Santos. A vida ser-lhe-ia mais simples com certeza.

* Nome fictício. Mas o dela tinha mais ou menos a mesma quantidade de égues.

palavras lidas

Salta-se de blog em blog e de repente dá-se com frases simples mas que exprimem verdades incontestáveis.

Hoje encontrei esta aqui:

"Porque o amor é a mais espontânea, sublime e desinteressada das partilhas. Não serve para tapar um buraco."

Ora nem mais. É isso mesmo.

última ceia

Pedem-me que escolha doze palavras de que goste. Quem me costuma ler sabe que sou uma quebra-correntes convicta simplesmente porque não gosto de escrever por encomenda. Mas até já tinha passado por este exercício noutro blog e dei comigo a pensar que desta vez não me importaria de dar resposta se o convite aqui aparecesse. E apareceu.

Doze palavras é um número de palavras. Poderia ser uma e seria um grito, cem e já poderia com elas fazer um poema e com mil escreveria um conto. Será que ao escolher palavras soltas simplesmente pela sua sonoridade, as consigo dissociar do seu significado? Gosto de "sopapo" por exemplo. No entanto não gosto de levar um. Gosto de "troglodita", mas não me parece que goste de algum. Gosto de "supimpa" mas raramente a uso.

Comecei por tentar palavras soltas de que os meus ouvidos gostam. Sem pensar muito, peguei no lápis e no papel e rabisquei duma assentada:

madrugada
brisa
travessia
infinito
púrpura
ondulante
abraço
mar
líquido
suavidade
seara
duna

Reli a lista de palavras. São palavras soltas, talvez bonitas, mas inevitavelmente ligadas ao que dizem e com um fio condutor que as une. No meu íntimo percebo por que, inconscientemente, as juntei. Enquanto olho para esta lista, pego de novo no lápis e sai-me outra:

tu
eu
nós
nus
desejo
breve
abraço
beijo
boca
pele
suor
colo

Definitivamente, as palavras ganham vida própria e teimam em unir-se formando qualquer coisa que faça sentido como um todo. Poderia continuar a juntar doze e mais doze e mais doze, mas fico-me por aqui.

Deixo o convite para quem por aqui passe e lhe apeteça fazer o mesmo. Mas sugiro ao Alf, à Nani, ao Pedro Gonçalves, ao Pitx, à SC, ao Ervi, ao JG, ao Huckleberry Friend , ao Gonçalo e à Mad que o façam, se estiverem para aí virados. Tem a sua graça.

fevereiro 08, 2008

para que da próxima vez...

... não venhas cá em vão, pá.

Pergunta:


Resposta:

São os que têm dois pés, ok?

De nada, sempre às ordens.

fevereiro 07, 2008

o meu coro no tubo

Já por diversas vezes falei aqui do meu querido coro mas nunca vos tinha dado nada para ouvir, excepto uns convitezinhos para aparecerem nas nossas actuações públicas.

Isto porque tínhamos uma lacuna grave: não estávamos no tubo. Já estamos. Os vídeos, vá-se lá saber porquê, estão com pouca luz, mas mesmo assim é de ver e ouvir! Foram filmados por António Escudeiro no ano passado, em Julho, na Igreja de Santa Catarina em Lisboa. Entretanto, progredimos bastante, portanto imaginem só a qualidade que temos agora... um mimo! (digo eu, que sou fã).

Deixo-vos com o "Ensaio de Coro" e com dois links para outros filmes mais curtinhos, aqui e aqui. Digam lá se não somos giros!

Não vale a pena procurar por mim... Já estava de férias nos Algarves e não participei nas filmagens, ohhhhhhhhhhh!


fevereiro 06, 2008

adivinha

Então vamos lá ver que tal vai essa cultura geral.

Quem sabe o que é isto? Hum?