fevereiro 16, 2008

antes do sol


Vem-me de madrugada antes que seja tarde
Que de amar-te nunca é cedo.
Vem sentir a pele que arde
Ao tocar a tua num segredo
Num medo que o dia venha num segundo
E te leve do meu mundo sem alarde.

Vem-me de madrugada e de mansinho
Chega-te a mim como jamais.
Como se essa hora fosse agora
E nunca mais.

Devagar, devagarinho
Sem pressa, sem conversa dessa
Toca no meu corpo que é teu
Como se o teu fora.
Diz-me baixinho que és meu
De madrugada, antes do azul do céu.

4 comentários:

Dona Betã disse...

Mas porque raio é que eu, durante toda esta minha pobre longa vida, nunca tive ninguém que me escrevesse um poema desses?
Palavras segredadas, sim. Não me posso queixar.
Mas escritas e gritadas, assim, aos quatro ventos?
Bem haja, amiga, que o amor é lindo!

tcl disse...

Eu escritas, sim... :-) mas gritadas aos quatro ventos, também não.

E estas que aqui gritei, olha, são para quem as apanhar! Ou seja, para ler e gostar.

José Pedro Viegas disse...

Gostei, entranhei.
Sente-se na pele, na alma e no coração, com uma brisa que nos sopra, ao de leve...!

JP

MariaV disse...

Uau...!!! Lindo!