...eis a questão.
Fui ver o "Sweeney Todd" na semana passada e estou com dificuldade em decidir se gostei ou não do filme. Isto, lido assim, parece uma observação um bocado estúpida. Ou se gosta ou não se gosta, dir-me-ão. Mas o cinema funciona quase como as paixões: há amores à primeira vista, há outros que amadurecem com o tempo, outros em que se gosta dumas coisas, doutras não e se hesita em concluir para que lado tomba o fiel da balança.
Fui ver o "Sweeney Todd" na semana passada e estou com dificuldade em decidir se gostei ou não do filme. Isto, lido assim, parece uma observação um bocado estúpida. Ou se gosta ou não se gosta, dir-me-ão. Mas o cinema funciona quase como as paixões: há amores à primeira vista, há outros que amadurecem com o tempo, outros em que se gosta dumas coisas, doutras não e se hesita em concluir para que lado tomba o fiel da balança.
Dum modo geral gosto dos filmes de Tim Burton e ainda mais quando escolhe o Johnny Depp como protagonista. Também gosto da Helena Bonham Carter desde que a vi em "A Room With a View" que julgo ser o seu filme de estreia no grande ecrã.
Gostei muito de "The Nightmare Before Christmas" e de "Corpse Bride". Adorei "Ed Wood", "Big Fish" e "Sleepy Hollow". E os outros que vi, vi com agrado. Até "Charlie and the Chocolate Factory", enfim...
Gosto da plástica dos filmes de Burton e do ambiente negro que envolve as suas estórias. Se "Sweeney Todd" tem tudo isto, incluindo Johnny Depp e Helena Bonham Carter (e até Sacha Baron Cohen!), porque será que me chateei que nem um perú durante mais de metade do filme? E dormitei um tiquinho? E estive vai não vai para sair?
Acabei por ficar até ao fim porque a partir de, digamos, 2/3 do filme ele me começou a interessar. Saí de lá sem perceber o que me desagradara. A fotografia, os cenários, a caracterização das personagens e a sua interpretação são sublimes. E tem piadas com graça. Só que o filme é, foi para mim, objectivamente chato.
Passados que foram uns dias, amadureci a vaga sensação que tive de início de que a culpa era da música. E é. Não gosto daquele tipo de música, não gosto mesmo. Que chata, meu Deus...
Dêem-me o "Sweeney Todd" em versão não musical e tenho a certeza de que vai direitinho para os meus tops do Tim Burton.
Gostei muito de "The Nightmare Before Christmas" e de "Corpse Bride". Adorei "Ed Wood", "Big Fish" e "Sleepy Hollow". E os outros que vi, vi com agrado. Até "Charlie and the Chocolate Factory", enfim...
Gosto da plástica dos filmes de Burton e do ambiente negro que envolve as suas estórias. Se "Sweeney Todd" tem tudo isto, incluindo Johnny Depp e Helena Bonham Carter (e até Sacha Baron Cohen!), porque será que me chateei que nem um perú durante mais de metade do filme? E dormitei um tiquinho? E estive vai não vai para sair?
Acabei por ficar até ao fim porque a partir de, digamos, 2/3 do filme ele me começou a interessar. Saí de lá sem perceber o que me desagradara. A fotografia, os cenários, a caracterização das personagens e a sua interpretação são sublimes. E tem piadas com graça. Só que o filme é, foi para mim, objectivamente chato.
Passados que foram uns dias, amadureci a vaga sensação que tive de início de que a culpa era da música. E é. Não gosto daquele tipo de música, não gosto mesmo. Que chata, meu Deus...
Dêem-me o "Sweeney Todd" em versão não musical e tenho a certeza de que vai direitinho para os meus tops do Tim Burton.
3 comentários:
«Dêem-me o "Sweeney Todd" em versão não musical e...» - não faria sentido, sabes? É que Sweeny Todd é justamente um musical. De Stephen Sondheim. Um génio. Reconheço que não se entra na música dele à primeira. Muitas vezes também não se entra à segunda ou à terceira - mas quando se entra... OH MY GOD!!! Há músicas dele com as quais tive de insistir, porque a sensação inicial era de desagrado, aquilo parecia impenetrável, não descortinava um linha melódica que me fosse agradável. Lembro-me de uma certa faixa do seu Into the Woods (que agora é um amor meu para toda a vida)na qual esbarrei. Insistia e insistia, mas nada. Não gostava. Hoje sorrio, porque o tal momento em que a cortina se rasga e de repente toda a construção musical de repente faz sentido, é lógica e nem podia ser de outra forma acaba sempre por surgir... e quando surge é maravilhosamente compensador.
Os detractores de Sondheim costumam bramar "NO TUNES!". Eu sorrio outra vez. Há tempos enviei à Mad uma música dele, precisamente de Into the Woods (não digo aqui qual era, ela pode dizer-te, acho que lhe acertou em cheio numa corda muito sensível e dolorida). Devo dizer-te que a última meia hora dessa obra me reduz sempre ao choro convulsivo.
Ah! Não vi o filme. Mas tinha de comentar. Sthephen Sondheim é uma paixão minha.
Fizeste muitíssimo bem em comentar, sobretudo desta forma. São estes comentários que enriquecem os nossos blogs.
Não conheço a obra de Sondhein mas sabia que Sweeney Todd era um musical. Quanto a fazer sentido a minha observação, não sei... Podem-se sempre fazer adaptações, não é? Era essa a minha ideia.
Mas digo-te uma coisa: se amas esta música, vai ver o filme. Vais adorar.
Ainda não vi este, também não sou muito fã de musicais, mas enfim.
Os que mais gostei do Tim Burton foram o "The Nightmare before Christmas" e o "Big Fish".
Outra coisa, em relação ao "Ensemble, c'est tout". Só fui ver ontem, que no dia em que pensava ir acabei por não conseguir, depois estive doente e e e .. (poupo-te ao drama). Fui ontem. Gostei muito. Estava mesmo a precisar de ver um filme assim, ligeiro, com boa fotografia e actores bonitos.
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