maio 02, 2008

de repente

Ainda ontem o Natal e a passagem de ano e pimba, já estamos em Maio.

Ainda há pouco a miúda inglesa acabada de sumir, o alarido nas televisões e nos jornais e tau, já faz um ano.

Há tão pouco o pezinho do meu filho todo na minha mão fechada, aquele cheiro a coisa saída de mim, aqueles instintos todos à flor da pele e de repente mais 3 meses e já faz 18 anos.

O meu irmão a puxar-me os totós, a minha mãe a enfiar-me a comida toda moída pela boca a baixo, o meu pai a guiar o carro e eu sentada ao colo dele, de mãos no volante ou por cima da dele a pôr as mudanças, convencida que era eu que conduzia, a rir a rir.

A pele tão lisa e de repente, rugas.

E se o tempo me desse umas treguazinhas? Pequenitas, pronto, mas umas treguazinhas em que parasse um bocadinho?

Sim?

5 comentários:

CPrice disse...

delicia TCL .. :) e tão verdadeiro este seu texto.
Beijinho

ana v. disse...

De repente, não mais que de repente... pois é, amiga, grandes verdades! E bem ditas, como sempre.
Beijinho

tcl disse...

Adoro esse soneto do Vinícius, Ana. Já lhe prestei homenagem, aqui

MariaV disse...

Voltei e adorei. Lindo, TCL.
Beijo

Sofia K. disse...

O tempo passa e passa rápido! Agora deste-me umas saudades de um passado, trouxeste-me umas recordações... (olha a lágrima no canto do olho!)

beijos