Como um barco quando sai da bruma, vi primeiro o teu contorno esfumado, não mais que a tua silhueta avançando aos poucos para mim.
Lentamente, devagarinho, foste-te aproximando e comecei a vislumbrar detalhes de ti. Formas imprecisas, cores esbatidas, um pé, um braço, a cabeça, depois a ponta do nariz e a certeza de que, com o tempo, o nevoeiro se dissiparia e poderia observar-te com todo o pormenor.
Agora, que estás junto a mim há já tanto tempo, e que te pude ver, tocar, cheirar, conheço de cor cada centímetro do teu corpo. Cada mancha, cada sinal, cada ruga, cada pelo.
Adivinho os gestos que se seguem a outros, os sorrisos, as lágrimas, as palavras ditas e não ditas, o som dos teus passos, a tua chave na fechadura que abre a porta deste espaço que é o nosso.
Conheço-te todo e no entanto.
No entanto, nunca consegui entrar em ti, nunca te deixei entrar em mim.
Mesmo quando de cabeça encostada ao teu peito me deixo adormecer ao som do ritmo calmo do teu coração, continuo sem saber o que o faz bater.
Lentamente, devagarinho, foste-te aproximando e comecei a vislumbrar detalhes de ti. Formas imprecisas, cores esbatidas, um pé, um braço, a cabeça, depois a ponta do nariz e a certeza de que, com o tempo, o nevoeiro se dissiparia e poderia observar-te com todo o pormenor.
Agora, que estás junto a mim há já tanto tempo, e que te pude ver, tocar, cheirar, conheço de cor cada centímetro do teu corpo. Cada mancha, cada sinal, cada ruga, cada pelo.
Adivinho os gestos que se seguem a outros, os sorrisos, as lágrimas, as palavras ditas e não ditas, o som dos teus passos, a tua chave na fechadura que abre a porta deste espaço que é o nosso.
Conheço-te todo e no entanto.
No entanto, nunca consegui entrar em ti, nunca te deixei entrar em mim.
Mesmo quando de cabeça encostada ao teu peito me deixo adormecer ao som do ritmo calmo do teu coração, continuo sem saber o que o faz bater.
1 comentário:
Saipakoiki (lefébatre) mas saibienpourki (ilba)
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