março 30, 2007

Abraços apertados

Hoje almocei com um velho amigo que não via há muito, muito tempo.

Recebi um disco com músicas da Simone para relembrar tempos passados e o abraço mais apertado e longo do ano. Também recebi os maiores sorrisos de felicidade e o prazer daqueles diálogos que só se podem ter com quem tudo nos perdoa e a quem tudo perdoamos:

- Deixas-me pagar-te o almoço?
- Claro, isto aqui é baratucho.
- ...
- Ou então, tive uma ideia melhor: hoje pago eu e da próxima vamos a um sítio caríssimo e pagas tu.
- Olha p'ra ela! Quando formos a esse sítio pagamos a meias. Estúpida...

Gostei daquele "estúpida...". Só mesmo com amigos do peito é que se pode gostar, não é? No final, antes de ele se ir embora, e para relembrar mesmo os velhos tempos, dei-lhe um beliscão no rabiosque o qual, diga-se de passagem, continua um riquíssimo rabiosque.

Fiquei bem disposta e com a impressão de que tinha encontrado o que de fundamental me faltava ontem. Um abraço bem apertado e um beliscão.

Às vezes, o fundamental resume-se a pequenas coisas.

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