Hoje acordei com os costumeiros miados do Sushi à porta do meu quarto. Desde que adoptei o Sushi e o Gato, em janeiro deste ano, depois da morte inesperada do Gaston, que sempre dormia sossegadamente aos pés da cama, passei a ter de fechar a porta para evitar acordar à 5 da manhã com as brincadeiras dos felinos que utilizavam a minha cama (e eu lá dentro) como campo de batalha. Fico assim tranquila durante a noite mas, pela manhã, o Sushi habituou-se a chamar-me com lamentosos miados do lado de fora da porta.
Pois levantei-me, enchi o prato dos gatos com ração e voltei para o aconchego dos lençóis; 8h30m de sábado, não é, para mim, hora de me pôr a bulir. Nove horas e tocam insistentemete à porta. Faço-me de surda, não vou abrir e amaldiçoo o mundo inteiro que não me deixa dormir. Cinco minutos depois toca o telemóvel sobre a mesa de cabeceira. Olho o mostrador e vejo o nome da porteira. Mau... Que se passa? Atendo e a voz do outro lado depois de cumprimetos e hesitações: "Tenho o seu gato morto no meu terraço". Merda, merda, merda. O Gato, o tigrado que, de tanto nome que teve, continuava a chamar-se apenas "Gato" caíu da varanda durante noite, provavelmente numa brincadeira mais desastrada com o irmão, e, infelizmente, falhou o toldo da porteira que lhe teria amparado a queda de 6 andares.
Durante 6 anos, o Gaston ensaiou equilíbrios e passos de dança sobre o varandim e nunca caíu. O Gato tinha 10 meses e era possuidor de uma das pelagens tigradas mais bonitas que já vi, para além de ser de uma meiguice avassaladora. O Sushi anda para aí a miar à procura do seu companheiro de brincadeiras. Já está no canil, onde o deixei há pouco dentro de um saco de plástico num carrinho de mão. Merda, merda, merda.
8 comentários:
:(
Dia triste.
Nem sei que te diga, mas sei que percebes.
Messy sobreviveu impecável (só um maxilar deslocado e muitos dentes partidos) a uma queda de um sexto andar. Viveu quase dez anos depois disso.
Tenho muita pena. Muita.
O dos meus sobrinhos também. Voou de um sexto andar e caíu de pé, como convém a um gato. O meu, pelo sítio onde estava no terraço, e pela descrição da porteira, que mo entregou já dentro de um saco que não abri,deve ter batido com a cabeça num dos ferros dos estendais da roupa durante a queda...
Coitadinho! Nem imaginas o que me dói pensar nisso. But then again... talvez imagines.
Vamos consolar-nos (fraco consolo) que ele partiu em voo atrás de um pombo, a ancestralidade nos gatos é coisa muito próxima. Aposto o que quiseres que foi isso que o fez cair.
Ficam desvairados, não há nada a fazer.
O meu 2.º andar só tem varanda à frente, e tremo quando vejo a excitação de Agri com os pássaros. Nas traseiras a altura é seguramente de 5.º ou 6.º andares, mantenho as janelas sempre fechadas, não vá surgir alguma tentação.
Vais ter de arranjar companhia para o Sushi, pobrezinho :(
Este ano não está a ser bom para os nossos meninos que miam.
não quero ter mais que um gato outra vez... desvario completo de correrias e brincadeiras, sobretudo nocturnas, deve ter sido numa dessas que o Gato caíu. E o Sushi e o Biskit são mesmo amigos! É só lambidelas e marradinhas, havias de ver!
Que pena! A malta afeiçoa-se e, de vez em quando, zás!, lá vem notícia triste. :( Uma beijoca para ti.
Olha, pensa que, nesta altura, o Gaston já deve andar em grandes correrias com o Gato.
Antes assim. :)
:(
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