Não gosto deste calor a não ser que me materialize à beira d'água e me embeba na sua doçura fresca. Corpo a deslizar na água ou água que desliza no corpo, tão transparente e macia como a camisola do dia na canção.
Não gosto deste calor de ananases (vá-se lá saber por que se diz calor de ananases e não de bananas que são bem mais quentes, digo eu) que me faz a pele pegajosa, humidades e suores misturados com pós e coisas que andam pelo ar, a menos que possa estar como vim ao mundo espojada num lençol branco, lavado e bem esticado, com um pano molhado pendurado no vão da janela aberta e que a brisa liberte de frescura.
Não gosto deste calor a não ser à noite, se me passeio à beira-rio, escapando-me de todos os outros que se passeiam de noite à beira-rio porque não gostam deste calor e por ali sempre têm a ilusão de vagas brisas, mais largas ainda assim que as dos aparelhos de ar condicionado que se regulam para 18ºC e não fazem o termómetro baixar dos 24.
Não gosto deste calor que aquece como uma estufa o meu apartamento de último andar, apesar das vistas da varanda e das larguezas que lhe gabo.
Não gosto deste calor, a menos que o tenha num qualquer destino onde a vontade me leve e ele avive os cheiros a terra ventre parindo naturezas e cores e sabores que até aí me eram estranhos.
Não gosto deste calor, ainda que a minha alma me leve sempre para Sul os passos.
Não gosto deste calor aqui.
Não gosto deste calor de ananases (vá-se lá saber por que se diz calor de ananases e não de bananas que são bem mais quentes, digo eu) que me faz a pele pegajosa, humidades e suores misturados com pós e coisas que andam pelo ar, a menos que possa estar como vim ao mundo espojada num lençol branco, lavado e bem esticado, com um pano molhado pendurado no vão da janela aberta e que a brisa liberte de frescura.
Não gosto deste calor a não ser à noite, se me passeio à beira-rio, escapando-me de todos os outros que se passeiam de noite à beira-rio porque não gostam deste calor e por ali sempre têm a ilusão de vagas brisas, mais largas ainda assim que as dos aparelhos de ar condicionado que se regulam para 18ºC e não fazem o termómetro baixar dos 24.
Não gosto deste calor que aquece como uma estufa o meu apartamento de último andar, apesar das vistas da varanda e das larguezas que lhe gabo.
Não gosto deste calor, a menos que o tenha num qualquer destino onde a vontade me leve e ele avive os cheiros a terra ventre parindo naturezas e cores e sabores que até aí me eram estranhos.
Não gosto deste calor, ainda que a minha alma me leve sempre para Sul os passos.
Não gosto deste calor aqui.
3 comentários:
So hot, so good, faire la vaisselle à l'eau froide devient un plaisir.
Too hot, too bad, on peut plus emporter des chocs au ciné, ça fond dans la poche.
j'ai une machine pour faire la vaisselle
pour les chocolats, je suis d'accord. il faut les manger d'abbord.
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