Perdida no fundo do fundo do teu olhar
Procuro retalhos de vida vivida
Onde me reveja em ti
Recordações de infância
(a minha avó a descascar maçãs nos degrauzinhos da entrada, perfume e um raio de sol)
De adolescência
(o primeiro beijo nas ondas da Costa da Caparica a saber a sal)
De juventude
(uma tenda numa praia deserta do Alentejo e lá fora a chuva a cair)
Procuro-te e não te vejo.
Perdida no fundo do fundo do teu olhar
Encontro labirintos de memórias onde eu não estou.
Outro rio, outras pontes, outras colinas, outros barcos
Cruzo-me com estranhos que passam sem me ver
Desconheço as ruas, as praças e avenidas
Num labirinto em ti onde não me revejo
Vivo os retalhos da vida
Perdida no fundo do fundo do teu olhar
dezembro 04, 2006
perdendo-me
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário