dezembro 06, 2006

Gaston


O meu gato chama-se Gaston e é, sem sombra de dúvida, o gato mais bonito do mundo. Durante o dia anda lá na vida dele, pouco me ligando a não ser que tenha fome e nessa altura enrola-se-me nas pernas aos miados.
Às vezes não o encontro. Chamo, procuro por toda a casa e acabo por dar com ele a dormir misturado com camisolas de lã, dentro dalgum armário ou dalguma gaveta que alguém momentaneamente deixou abertos. Olha para mim de lado, faz um ar indiferente e superior, espreguiça-se e vai-se no seu bamboleio elegante, de rabo no ar.
Quando vou à casa de banho, empoleira-se no bidé à espera que eu lhe abra a torneira, pois gosta de água fresca. Se me sento no sofá à noite, salta-me para o colo e aninha-se a dormir enquanto lhe afago a cabeça e o dorso.

Dorme comigo, o meu gato. Quando me deito e pego no livro que estou a ler, ele roça a cabeça nas páginas, ronronando por uma festa. Se está mais bem disposto, lambe-me o braço, cheira-me os lábios sem os tocar num prenúncio de beijo e, finalmente, enrosca-se encostado às minhas pernas. São os nossos grandes momentos de intimidade.

1 comentário:

José Pedro Viegas disse...

Gaston Gaston.
Nome Francês para um elegante gato com laçarote e botas altas.
Saberá tocar piano?
Pelo ronronar, decerto que sim.
E bonito que ele é...