Há duas ou três noites atrás, naquela meia horita antes do jantar em que dormito no sofá em frente da televisão:
-mãe...
-humm..?
entreabro um olho
- tens umas luvas de plástico?
- para quê?
- nem te vou dizer...
entreabro o outro olho
- havendo, é daquelas de usar e deitar fora. no armário por baixo do lava-louça
fecho os olhos dois minutos
- mãe, não há. se quiseres, podes vir ajudar-me
abro, definitivamente, os dois olhos
- desculpa? se eu quiser, posso ir ajudar-te? que raio de conversa é esta? nem me disseste para que querias as luvas. e agora, dás-me a honra de eu te ajudar, ó marquês? não estás a ver bem, tu.
fecho novamente os olhos, passo pelas brasas mais dez minutos e esqueço o incidente. ao jantar, no meio do arroz de peixe:
- foi preciso estar contigo nove anos para ter de andar a mexer na caca do teu filho
- o quê ?!
- o teu menino deixou cair a caneta na sanita no meio do cócó e, como não havia luvas e ele foi incapaz de pôr a mão lá dentro, tive de ser eu
- ah, então era para isso que eu te podia ajudar, se quisesse, era?
- oh mãe, a caneta estava por baixo e aquilo por cima, um nojo.
- pois, mas houve quem lá fosse, não houve? Francamente, vê se cresces... lavavas as mãos a seguir...
Ainda bem que me deixei ficar pelo sofá. É que eu falo, falo, mas quem não punha lá a mão também, era eu.
*variante popular do ditado
maio 13, 2007
quem sai aos seus, não é de genebra*
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2 comentários:
...´se calhar não é a melhor altura para contar que já deixei cair 2 telemoveis na sanita. o ultimo era da empresa...e tive que explicar....
mas a caneta deixava-a lá ;)
quê, a segunda space pen do puto? a primeira foi-se por uma frincha do soalho da escola... se esta fosse pelo cano abaixo, já não havia 3ª...
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