Imagino uma falésia, escadas toscas penduradas na rocha, uma praia minúscula lá em baixo, o mar a desfazer-se na areia.
Imagino a Berlenga (palco de amores de juventude) muito ao fundo, e a água daqui até lá verde escura e encrespada de carneirinhos brancos.
Fecho os olhos e sinto o vento que me bate na cara, que me embaraça os cabelos e os mistura com os teus, enquanto me abraças por trás e me beijas o pescoço.
Sinto o calor do teu corpo encostado ao meu, as tuas mãos que me afagam, me mexem, os teus lábios em segredos no meu ouvido.
Deito a cabeça para trás, pouso-a no teu ombro e abandono-me a sentir só e apenas a tua respiração em mim.
Viras-me para ti, puxas-me o cabelo para cima, olhas-me doce docemente, hesitas mirando o chão e por fim ganhas coragem e beijas-me com ternura misturada com desejo.
Retribuo o beijo e ficamos ali muito tempo entre beijos e olhares, como dois adolescentes.
Sinto a brisa quase vento, o cheiro forte do mar e distingo a praia da Berlenga com as gaivotas às voltas a piar como loucas em manhãs de um Agosto distante.
Abro os olhos e afinal estou aqui, não há falésia, não há mar encrespado, não há praia lá em baixo, nem escadas penduradas na rocha, nem Berlenga nenhuma.
Apenas eu, sozinha na minha sala com a cabeça cheia de sonhos misturados com músicas já gastas de tão ouvidas.
Abro a janela e grito o teu nome. Ninguém me responde.
Imagino a Berlenga (palco de amores de juventude) muito ao fundo, e a água daqui até lá verde escura e encrespada de carneirinhos brancos.
Fecho os olhos e sinto o vento que me bate na cara, que me embaraça os cabelos e os mistura com os teus, enquanto me abraças por trás e me beijas o pescoço.
Sinto o calor do teu corpo encostado ao meu, as tuas mãos que me afagam, me mexem, os teus lábios em segredos no meu ouvido.
Deito a cabeça para trás, pouso-a no teu ombro e abandono-me a sentir só e apenas a tua respiração em mim.
Viras-me para ti, puxas-me o cabelo para cima, olhas-me doce docemente, hesitas mirando o chão e por fim ganhas coragem e beijas-me com ternura misturada com desejo.
Retribuo o beijo e ficamos ali muito tempo entre beijos e olhares, como dois adolescentes.
Sinto a brisa quase vento, o cheiro forte do mar e distingo a praia da Berlenga com as gaivotas às voltas a piar como loucas em manhãs de um Agosto distante.
Abro os olhos e afinal estou aqui, não há falésia, não há mar encrespado, não há praia lá em baixo, nem escadas penduradas na rocha, nem Berlenga nenhuma.
Apenas eu, sozinha na minha sala com a cabeça cheia de sonhos misturados com músicas já gastas de tão ouvidas.
Abro a janela e grito o teu nome. Ninguém me responde.
3 comentários:
Coitadinha...
Adoro inspirar estes sentimentos de piedade nos anónimos, sei lá, é uma coisa que me toca. Ah, e a coitadinha também agradece :-D
anaparga wrote on Apr 13
Tão bonito tão bonito...
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