fevereiro 18, 2009

palavras ao acaso

se assim fosse o que sou
sem o que tenho
e estivesse onde estou
sem estar aqui
se ousasse ouvir
o rasgar da manhã
no fechar da noite

quanto assim seria
tanto e quanto
como o que não via
ou sentia

(saem as palavras soltas do bico da caneta
dou-lhes forma sem lhes pensar o conteúdo
na mão o instrumento de algo que não sai de mim
mas através de mim passa
numa vontade lassa de sorrir o dia)

1 comentário:

ana v. disse...

Não são ao acaso, longe disso...